(Da redação) O leilão para tentar repassar o gado apreendido no Pará, apelidado de boi pirata fracassou novamente. A tentativa feita pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não teve nenhuma oferta. Portanto, os 3.046 "bois piratas" ainda não conseguiram ser negociados.
Na semana passada, tanto a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) quanto o Ibama justificaram que o fracasso era "normal" por se tratar da primeira tentativa. Os técnicos das duas entidades tentaram fazer reajustes para o remate de hoje. Uma das mudanças foi a redução de 3.500 para as 3.046 cabeças. Além disso, o valor total dos quatro lotes ofertados recuou de R$ 3,9 milhões para R$ 3,15 milhões. Mas mesmo assim, as alterações não surtiram o efeito desejado
Analistas disseram que as informações concedidas no edital não são suficientes para atrair possíveis compradores. Além disso, os preços mínimos estabelecidos pelo governo também estão acima das médias do mercado. Na oferta de hoje, por exemplo, o valor de um touro era de R$ 3.150,00. O valor médio das vacas foi de R$ 78,82 por arroba, bem acima da média de R$ 70,00 pago pela arroba de fêmeas no Pará.
Segundo o analista Fabiano Tito Rosa, o governo terá que mudar a forma de venda e exposição dos animais. "O governo vai ter que filmar esses animais, fotografar, dar um peso médio, a idade dos animais e conceder informações mínimas para despertar o mínimo de interesse", explica o analista.
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