(Da redação) – O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou hoje que o leilão dos bois criados em área ilegal não deve interferir no preço dos alimentos ou a atividade pecuária na Amazônia. Na última semana, o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, disse que a operação do ministério poderia aumentar a crise dos alimentos e o preço da carne no Brasil.
Alguns adversários insinuam que isso vai criar uma incerteza, ou provocar desabastecimento. Nós não vemos dessa forma. O Brasil tem mais de 200 milhões de cabeças, estamos fazendo operações com 9, 10 mil, e que são concorrência ilegal, argumentou.
Na última quinta-feira, em audiência na Câmara dos Deputados, o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, afirmou que a caça aos bois ilegais poderá provocar diminuição da oferta de carne para os supermercados. É muito fácil o discurso do transgressor de dizer "não me reprima porque isso vai aumentar o preço", afirmou Minc sem citar Maggi.
O ministro detalhou a apreensão de 3,1 mil cabeças de gado em uma fazenda localizada dentro de uma estação ecológica na Terra do Meio, na região próxima ao município de São Félix do Xingu (PA). A apreensão ocorreu no último dia 7 e foi a primeira da chamada Operação Boi Pirata, que pretende reduzir a criação de gado em áreas de preservação na Amazônia.
Segundo o diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Flávio Montiel, há ainda cerca de 40 mil cabeças de gado ilegais em 14 propriedades na Terra do Meio.
O leilão dos bois ainda depende de procedimentos judiciais, mas deve ser realizado em três semanas, segundo Minc. Acabou a moleza. Quem não respeitar [as leis ambientais] vai ter o boi tranformado em churrasquinho ecológico do Fome Zero, afirmou Minc. Além do Fome Zero, o dinheiro do leilão será utilizado para financiar as operações de fiscalização e também ações de saúde indígena.
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