Flandres, no norte da Bélgica, declarou na última sexta-feira (10) patrimônio cultural imaterial da região as “friteries”, tradicionais restaurantes especializados nas clássicas batatas fritas belgas, as “frites”.

“Este rótulo protegerá a tradição”, disse a ministra Joke Schauvliege em declarações ao jornal belga “Le Soir”.

As “friteries” abundam nas ruas das cidades belgas, e já são um clássico os cucuruchos carregados de “frites”, cujo diferencial é serem fritas em gordura animal.

Com este reconhecimento, as autoridades flamengas respondem ao pedido das associações de fritadores, que reivindicam que os estabelecimentos são tão relevantes para a cultura da região como os pescadores de camarão e a cerveja, já reconhecidos patrimônio cultural imaterial.

“As ‘friteries’ foram consideradas banais durante tanto tempo que não nunca prestaram atenção nelas”, explicou o presidente da associação profissional Navefri, Bernar Lefèvre.

“Foi graças ao interesse dos visitantes estrangeiros que começamos a valorizá-las. Agora temos que garantir que continuem existindo”, acrescentou.

A União Nacional de Fritadores belgas (Navefri-Unifri) lançou em novembro uma campanha para que a Unesco dê às batatas fritas a distinção de patrimônio cultural imaterial da Humanidade.


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Bélgica declara "friteries", de batatas fritas, patrimônio cultural imaterial

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