Um dos projetos mais divulgados durante a campanha do presidente Lula era o programa 1° Emprego, que foi riscado da lista em 2007. Cury diz que o programa foi encerrado porque os jovens não eram interessantes para as empresas, nem com os benefícios que elas recebiam. A maioria das empresas do país trabalha na informalidade, e para que elas fossem beneficiadas, contratando um jovem, elas teriam que se regularizar. Não era interessante pra elas, diz o secretário. Mas, para compensar o fim do programa, outras ações voltadas ao primeiro emprego serão desempenhadas no ProJovem.
Sobre a participação do jovem na criação de programas e projetos, Cury comenta que essa é a finalidade das Conferências Livres, que ocorrem paralelamente às Conferências Estaduais e Nacional da Juventude. Já temos 538 conferências marcadas, e enquanto isso, jovens podem se reunir em qualquer evento seja de Cinema, da universidade, da UNE, ou outro qualquer, e elaborar propostas que devem ser encaminhadas à Secretaria, diz o secretário.
Até 2010 a meta é ajudar 4 milhões de jovens, o que vai custar cerca de 5 bilhões de reais e 400 milhões ao governo. O desafio é grande. Quero deixar a secretaria com novos milhões de jovens de volta à escola e possibilitar a continuidade de um bom trabalho a quem vier na seqüência, diz Cury.
Para o secretário, o maior obstáculo para acabar com a carência dos jovens é que eles nem sempre foram prioridade. A juventude entrou na pauta recentemente. Os jovens são olhados pelo poder público como pessoas em transição da adolescência para a vida adulta. Agora o enfoque está começando a mudar. O jovem está sendo visto como um agente social. Consolidar isso é meu desafio, diz ele.
Continua: 6 em 4: conheça os programas do ProJovem