Saiba um pouco mais sobre a história de Snoopy e os Peanuts
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Charlie Brown nasceu em 2 de outubro de 1950 e dias depois veio Snoopy, o cachorro mais filosófico do mundo (conheça a história deles na galeria acima), e o resto da turma de amigos que formam a tirinha mais icônica dos Estados Unidos, que agora chega à Espanha na forma de uma antologia por seu 60º aniversário.
O Melhor de Charlie Brown e Snoopy, editado por Debolsillo (Mondadori), encerra as comemorações pelo aniversário, celebrado em 2010 nos EUA com exposições, atividades para crianças e reedições.
Hoje, estes personagens de história em quadrinhos continuam sendo uma fonte de renda milionária para os descendentes do desenhista Charles M. Schulz, que morreu de câncer no ano 2000.
“O mundo de Charlie e Snoopy é um microcosmos, uma pequena comédia humana válida tanto para o leitor inocente como para o sofisticado”, diz o escritor e semiólogo italiano Umberto Eco sobre os Peanuts (amendoim em inglês e termo com o qual se denominava crianças).
Esta tira cômica, traduzida para 21 idiomas, lida por mais de 355 milhões de leitores divididos em 2.600 jornais e que agrada tanto a jovens como adultos, tem dois protagonistas de luxo.
Charlie, o menino cabeçudo de seis anos, que, vestido com uma camiseta com uma faixa de losangos pretos, é lúcido, bom, imperfeito e perdedor, e seu cachorro Snoopy, um filósofo existencialista, poético, irreverente, livre e que dorme em cima de sua casinha.
Snoopy e Charlie estão frequentemente acompanhados do resto dos peanuts: Linus, sempre com sua manta nas costas e o dedo na boca, gestos que mostram sua insegurança frente ao mundo; Sally, a ruiva, irmã mais nova de Charlie: banal, superficial, “toca-narizes” e com o único desejo de encontrar um bom namorado; e Lucy, sempre preparada para “amassar” Charlie psicologicamente, a malvada da turma.
A turma se completa com Schroeder, o pianista superdotado, amante de Beethoven; o pássaro Woodstock, que fez seu ninho na barriga de Snoopy, Patty Pimentinha e Marcie, a desastrada e a estudiosa, respectivamente.
Os personagens, todos eles, questionam o modo de vida americano enquanto jogam beisebol, passeiam ou contemplam as estrelas, refletindo sobre a amizade, família, poder e o respeito aos animais.
“Já pensou como seria o mundo se não houvesse o sol”? -pergunta Charlie a Lucy- “Sim, responde ela-, é um assunto fascinante… de queimar os miolos diante da possibilidade… é o tipo de questão que pode gerar um debate interminável”. “E qual é a sua opinião?”, insiste Charlie. “Que ficaríamos no escuro!”, responde Lucy a um Charlie com cara de resignação.
Esta é uma das infinitas tirinhas que, com um traçado preto e simples, quase minimalista e com carga psicológica, se transformaram em ícone no mundo da história em quadrinhos.
Sem esquecer também que estes personagens, especialmente Charlie e Snoopy, se transformaram em todo tipo de imagens para camisetas, cartazes, cadernos e uma infinidade de objetos.