“A ANP, responsável por regular o setor e determinar quais são as adaptações que montadoras e refinarias devem fazer, demora a dar as especificações necessárias a respeito de como deve ser o nosso diesel. Ela fica adiando esse processo e, depois, alega que não há tempo para que a norma entre em vigor”, disse Luanda Nera, assessora do movimento, ao Virgula.

De acordo com a norma, a partir de 2009, o diesel vendido no país poderá conter, no máximo, 50 ppm (partículas por milhão) de enxofre. Detalhe: enquanto em países como Estados Unidos o limite é de 15 ppm, e em parte da Europa e do Japão não passa de 10 ppm, no Brasil a média do diesel é de 500 ppm de enxofre nas áreas urbanas, chegando até a 2000 ppm áreas rurais. Motivo? “O índice de combustível no Brasil é altíssimo simplesmente porque as pessoas não se preocupam com esse assunto”, diz Luanda.

A iniciativa é válida e o governo continuará pressionado para que atitudes sejam tomadas. No entanto, enquanto não houver uma mobilização geral – por parte da sociedade, dos governantes e dos órgãos responsáveis pelo assunto -, nada poderá ser feito.


int(1)

ANP dificulta cumprimento das normas, diz assessora

Sair da versão mobile