O professor de Finanças da FEA/USP, Keyler Carvalho Rocha, conta que comprar um imóvel nos EUA é muito caro, por isso, lá só se compra há prazo, em 15, 20 anos.
Aproveitando os juros baixos no início da década, norte-americanos da categoria "subprimes", chamados assim por serem fortes candidatos a inadimplência, refinanciaram suas casa, pegando o dinheiro em troca.
De olho nesse "movimento", as construtoras construíram mais imóveis pensando no dinheiro disponível. Eles só não esperavam que os subprimes fossem usar o dinheiro para o pagamento de dívidas.
O resultado foi trágico: o preço dos imóveis caiu e o número de inadimplências subui. Rocha explica que o fator crucial da crise é que os seguros feitos para garantir o pagamento dos imóveis chegaram no seu limite. "Como acontece com os carros, o seguro limita o "risco" do seu bem. Foi o que aconteceu nos EUA", diz Rocha. Sem o seguro, não houve como assumir as dívidas dos inadimplentes.
Continua: Bush diz que economia dos EUA é ínvejada