Milhares de pessoas acompanharam na sexta-feira a cerimônia civil que oficializou a união de Albert II de Mônaco e Charlene Wittstock e comemoram especialmente o momento no qual o casal apareceu na bancada do Palácio para saudar ao público e correspondeu os aplausos com dois beijos.
A cerimônia de 15 minutos foi conduzida pelo presidente do Conselho de Estado, Philippe Narmino, em francês, língua oficial do Principado, e foi acompanhada por 80 convidados, entre familiares e autoridades de Mônaco, além das 3 mil pessoas que esperavam a oficialização do casamento na praça do Palácio.
No final, o casal recolheu pessoalmente os presentes, como um quadro do russo Wassily Kandinsky e uma escultura do francês Antoine Bourdelle, e participou de um rápido coquetel com pratos sul-africanos e monegascos.
Segundo fontes do Palácio, a noiva usou um vestido criado por ela mesma, apesar das informações indicarem que era um modelo da Chanel, grife escolhida pela princesa Caroline e sua filha Carlota para a cerimônia civil.
A oficialização da união, 55 anos depois do casamento entre príncipe Rainier III e Grace Kelly, traça o futuro do Principado e, sem necessidade de novos desmentidos, sepulta o boato que circulava com força nos últimos dias sobre uma suposta tentativa de fuga da noiva para a África do Sul.
“Os rumores são rumores até que se prove o contrário. Foi um casamento excepcional e lhes desejo o melhor do mundo”, disse à Agência Efe Martine Bache, uma monegasca de 56 anos.
Outros como Richard Gérard, francês morador de Mônaco desde 1953, se mostravam mais preocupados com as mudanças causadas no transporte público que pelos supostos problemas da noiva. “Talvez ela só queira buscar alguma coisa que esqueceu em seu país”, ironizou.
À margem dos falatórios, a programação oficial foi cumprida à risca e Charlene, já transformada em princesa, exerceu com perfeição seu novo papel de primeira-dama.
No sábado, logo após a cerimônia religiosa, o casal fará um passeio pelos lugares mais emblemáticos do Principado, enfeitados com bandeiras monegascas e sul-africanas, em um Lexus LS 600h Landaulet, carro criado especialmente para a ocasião.
O objetivo do casal era que, além de um casamento soberano, fosse realizada uma festa “familiar”, aproveitada também pela população para tentar oferecer uma nova faceta do Principado, que completasse os estereótipos de luxo e glamour com outros de abertura e amabilidade, segundo o Escritório de Turismo.
“O casamento representa a perenidade para o país e é um dia importante porque Mônaco existe pelo fato de contar com um príncipe soberano”, declarou Martine Delanne, uma das monegascas que aproveitou o dia ensolarado para acompanhar a cerimônia.
No sábado, o casal receberá as felicitações de chefes de Estado, representantes das monarquias e personalidades do mundo dos negócios, da moda e do esporte que acompanharão o casamento religioso.
Após a cerimônia, para aqueles que queiram reviver o acontecimento, uma exposição no Museu Oceanográfico exibirá até novembro o vestido da noiva, criado pelo italiano Giorgio Armani, além de objetos e fotografias que deixarão para a posteridade os três dias de festividades.