Até entrar na festa não dava para saber quem estava lá. O boato era de que muitos habitués da badalação high society e fashionista paulistana tinham ficado de fora. E não adiantava dar carteirada, dizer que conhecia fulano ou que estava na novela e tal. Se você não estivesse na lista (ou não conhecesse alguém que estivesse lá para te levar), é porque a Chanel não liga pra você e não te quis. Sendo assim, o que se viam eram muitas modelos, mulheres vestindo a marca da cabeça aos pés (clientes), as blogueiras ricas de sempre, uma celebridade aqui, outra ali, gente das artes e outras da moda.

Sem contar, é claro, com as celebridades que estavam estampadas na exposição. Diane Kruger, Alice Delal, Laura Neiva, Caroline de Maigret e a parceira de Karl nas fotos, Carine Roitfeld. Não, Uma Thurman não foi. A atriz chegou a São Paulo com a filha e uma amiga (ou babá), se irritou porque ia voar de American Airlines, e resolveu voltar pra casa mais cedo.

A Oca tem uma acústica péssima para esse tipo de evento. A balada foi montada no térreo do pavilhão, com uma enorme pista branca com LED, camarotes discretos e banheiros impecáveis, instalados especialmente para a festa. A qualidade do som estava sensacional. Um pouco alta em alguns momentos. Ainda assim, ótimo.

Karl Lagerfeld
Cercado de disse-me-disse e incertezas, uma coisa é fato: Karl veio para a mega festa de abertura de sua exposição, “The Little Black Jacket”. Veio e ficou na festa até a meia-noite. O diretor criativo da marca mal posou para fotógrafos, não circulou entre os mortais na pista e tinha seu caminho livre e exclusivo sem ter que esbarrar nos fãs. Afinal, trata-se de um ícone pop.

Karl foi um “fofo” e cumprimentou cada convidado do seu camarote. Não sorriu nem dançou, mas assistiu de perto à diva M.I.A. até o fim. E parece que nem se irritou com as blogueiras de moda afoitas procurando o melhor ângulo para tirar uma foto do bom velhinho. Depois de badalar mais um pouco ao som da dupla 2 Many DJs, resolveu ir embora da festa. Para isso, a rampa da Oca foi fechada para sua majestade passar. Chegou a ser dramático, cênico.

Por volta das onze da noite, a música eletrônica infinita de começo de festa foi interrompida pelo batidão de “Bucky Done Gun”, da musa fashion M.I.A. Era o que precisava para quebrar o gelo e a pose. Quem curte a cantora e não estava acreditando que ela estivesse ali correu para chegar o mais perto possível. Talvez um terço da festa. O resto manteve a pose com seu champanhe em punho ou tentou tirar fotos de Karl, que nessa hora estava na beira do camarote. M.I.A. foi simpática e animada. O show foi rápido, mas certeiro. Cantou “Bamboo Banga”, “Galang”, uma do disco novo e “Paper Planes”. Voltou, driblou os seguranças e chamou as pessoas para encerrar com “Bad Girls” em clima de festa gangsta. Foi emocionante e irônico ouvir o refrão de “Paper Planes”, que fala de imigração ilegal, ecoar na festa da marca que é sinônimo de tradição e luxo. Se o show não teve banda, foi feito por playback e muito curto, não importa. M.I.A. estava de volta ao Brasil e todo mundo queria estar lá.

Os 2 Many DJs entraram em seguida com um bate-cabelo que não empolgou muito, mas logo se refizeram com a pista misturando remixes e hits de Michael Jackson, Tom Tom Club, Talking Heads, David Bowie, The Rapture, Miss Kittin, Daft Punk… nada de mashups. Quem ficou para varrer o salão diz que o som foi desligado um pouco antes das 3h da manhã.

Os comes, os bebes… e os brindes
Champanhe francês e petiscos light na exposição, como pedia o requisito de festa de luxo de gente fina e magra. Já a festa… Algodão doce, mini cachorro-quente, hamburguinhos, tapas, saquinhos de amendoins e brigadeiros! Além do champanhe, um bar de caipirinhas para calibrar os mais valentes. E as pessoas bebiam como se não houvesse quarta-feira.

Quem não gosta de ganhar brinde, certo? Não foi diferente na exposição da Chanel. Quatro pilhas de fotos impressas estavam ali para serem levadas no final da festa. Mas teve muita gente que quis garantir as suas antes mesmo da festa abrir. O que se via era gente com rolinho pra lá e pra cá.

A festa da exposição TLBJ é o tipo de evento que muita gente quer estar. Uns por conta do protocolo social de ver e ser visto e compartilhar tudo em tempo real ou no dia seguinte e outros porque queriam muito ver o show da M.I.A. ou o set do 2manydjs. Aliás, nem foi aquela balada fooorte loucura total. E nem era pra ser. As performances foram detalhes a parte.

Teve gente que chorou, xingou muito no Twiter, reclamou no Facebook e muitos imploraram convites para toda e qualquer rede de contato. Mas não adiantou.

A noite era do Karl e da sua exposição que rodou as principais cidades do mundo e se encerra em São Paulo. A festa era da Chanel e não dos promoters que conhecem todo mundo e garantem a ferverção hype do povo fashionista e high society arroz de festa.

E desculpe aos que não foram, mas foi inesquecível!

Espia só na galeria alguns dos famosos que passaram por lá e o agito do show da MIA:


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Afinal, quem estava na tal festa da Chanel? Nosso infiltrado conta tudo sobre o bafon do ano na Oca