Com a aproximação da data de estreia de 50 tons de cinza, parece que todo mundo só fala disso agora, não é verdade? Mas se engana quem acha que todos estão entusiasmados para ver a atuação de Jamie Dornan e Dakota Johnson. Na verdade, grandes são as críticas que o filme já está recebendo (que são as mesmas que os livros da série também receberam), sendo que a maioria delas envolvem a acusação de romantização de relações abusivas e da violência sexual. A campanha de boicote ao filme #50dollarsnot50shades é um reflexo dessas críticas.

A campanha que propõe que as pessoas, ao invés de gastarem dinheiro para assistir a esse filme, destinem essa renda para ajudar vítimas de relacionamentos abusivos. O valor de 50 dólares foi estabelecido para fazer referência ao nome do filme e porque é o dinheiro que a pessoa gastaria se além de comprar os ingressos, pagasse uma babá para cuidar dos filhos, ou comprasse também pipoca e bebidas. A página do Facebook da campanha afirma que “Hollywood não precisa do dinheiro, as mulheres abusadas precisam”.

Diversos grupos americanos ou do Canadá, como o Stop Porn Culture; o London [in Canada] Abused Women Centre e o National Center on Sexual Exploitation são apoiadores dessa campanha. Natalie Collins, que criou o 50 Shades is Abuse há dois anos e meio, após ter ficado chocada com o que os livros mostravam, contou à i100.co.uk que ela espera que os britânicos sigam o exemplo e também contribuam com doações para essa campanha.

“Nós esperamos organizar algumas pessoas para um protesto na estreia do filme”, ela afirmou. “Muitas críticas à nossa campanha afirmam que não há nada de errado com BDSM – nós não estamos dizendo que há. Mas pessoas da comunidade BDSM estão ultrajadas com a forma que o livro retrata o seu estilo de vida. Este livro romantiza um perpetuador do abuso”.


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50 tons de cinza: campanha de boicote ao filme pretende doar dinheiro para vítimas de relações abusivas

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