Diego Vieira Machado tinha 24 anos. Estudava Arquitetura na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e vivia a expectativa de conseguir transferência para Comunicação Social. Era favorável ao aborto e legalização da maconha. Paraense de Belém e, mais importante, negro e homossexual assumido. Diego foi encontrado morto às margens da Baía de Guanabara neste fim de semana. Estava sem as roupas e com sinais de espancamento.
As investigações das polícias Civil e Militar do Rio apontam para crime de ódio. Amigos contaram aos jornais cariocas que Diego vinha sendo ameaçado por grupos fascistas e conservadores da universidade.
Nesta segunda-feira (4), passou a circular nas redes sociais um e-mail enviado, segundo investigação das autoridades, de um computador no Canadá, que ameaça jovens e bolsistas. A Polícia Federal cuida do caso. “Vamos começar por um certo alun@ que se diz minoria e oprimido por ser homossexual, que gosta de fumar maconha (…) que odeia Bolsonaro, que prega a liberdade do amor mas apoia o aborto”, diz um trecho.
Estudante de Comunicação e diretor do DCE do curso, Pedro Paiva afirmou ao jornal O Dia que grupos fascistas agiam na faculdade, tanto em seu campus, quanto em páginas no Facebook, como UFRJ da Opressão, UFRJ Livre e Liberta UFRJ.
Nada disso, porém, sensibilizou muitos dos brasileiros que comentaram as notícias sobre o caso em páginas de portais no Facebook. A maioria das mensagens encontradas pelo Virgula minimizavam o fato de Diego ser negro e gay, tratavam o caso como “mais um” e se recusavam a acreditar que a motivação do crime tenha sido o mais puro e simples preconceito racial e homofóbico. O que, de fato, não é possível afirmar, mas todas as provas até agora apontam para isso.
Como disse a youtuber negra Gabi Oliveira nesta conversa recente conosco, o preconceito se aperfeiçoou, não é mais falado abertamente e busca apenas te desqualificar e minimizar. Nós temos abaixo 10 comentários que mostram exatamente isso:
No Dia do Combate à Homofobia, lembramos famosos que apoiam a causa
Créditos: Reprodução