Dividir uma casa – e a vida – com alguém, ainda que próximo, requer maturidade, respeito, compreensão e bastante saco, para dizer o mínimo. Pode não ser a tarefa mais simples do mundo, mas é gostoso ter alguém em casa para trocar risadas e dividir a pizza do jantar, principalmente naqueles dias mais difíceis. Ninguém curte ser tão solitário o tempo todo, né? A não ser em casos muito específicos, quando morar com uma pessoa completamente sem noção é praticamente a maior cilada do mundo.
Você já passou por esse pesadelo? Ou, na pior das hipóteses, já se perguntou se o pesadelo, na verdade, não é você? Separamos aqui os 10 pecados capitais cometidos pelos companheiros de casa mais insuportáveis de todos os tempos. Se liga!
1 – Deixar um sonzão rolando nas horas mais inapropriadas
Ah, que delícia acordar com um Sepultura tranquilinho no meio da madrugada de uma quarta-feira, aquele dia em que ninguém tá se sentindo exausto e destruído pelos primeiros dias da semana, né? O mesmo vale para um axé-bahia no sábado de manhã, quando seu parceiro resolve fazer uma faxina na casa, arrastar os móveis, ligar o aspirador, o liquidificador, tocar piano, bateria… Não, gente. Respeitar os horários de descanso em casa é fundamental. Se você tá ligadão e precisa ouvir alguma coisa no último volume, providencie um fone BEM BOM. Ou providencie um isolamento acústico básico no quarto, bem fácil!
2 – Trazer alguém para dormir em casa sem dar aquele toque esperto
Um amigo passou mal na balada e não dá para deixá-lo sozinho, sem a menor condição para voltar para casa. E aí, o que fazer? Não é nenhum crime arranjar um espacinho emergencial para o cidadão no sofá de casa, mas o seu companheiro também não é obrigado a adivinhar essa situação. Imagina o susto que é acordar de manhã para pegar um copo de água e se deparar com um cadáver gorfado no sofá? Péssimo, né? O caso pode até ser outro, mais simples, mas não custa nada mandar uma mensagem e avisar sobre a visita surpresa em casa. Isso mostra consideração pelo outro, beleza?
3 – Mexer nas coisas do outro sem avisar
Isso não é ruim, é péssimo e extremamente mal-educado. Não importa se a pessoa com quem se divide a casa é parceira, desencanada, tranquila, etc, etc, etc. É preciso respeitar o ambiente privado do companheiro e só mexer ali ou pegar alguma coisa emprestada depois de avisá-lo – e receber uma confirmação positiva, é claro. Isso vale também para roupas, ok? E na hora de devolver, tenha certeza de que o item está em seu estado original: limpo, lavado e INTEIRO.
4 – Largar a louça suja na pia
Ninguém é obrigado a chegar à cozinha e encontrar uma louça de dias e dias esquecida na pia e largada às moscas. A situação é ainda mais crítica quando panelas, pratos e talheres são itens da casa compartilhados por todos. Então, não dá para saber se o seu amigo usará aquele escorredor de macarrão mais tade, certo? Por via das dúvidas, é melhor cuidar da sua própria louça e não causar no rolê culinário alheio. Não precisa existir uma paranoia da louça, também, e lavar qualquer colherzinha suja. Basta ter um pouquinho de noção e lembrar que a cozinha é um espaço compartilhado, logo…
5 – Morar junto é diferente de fazer tudo junto, o tempo todo
É bem mais legal morar com pessoas que são parecidas com a gente, com quem dá para conversar e compartilhar histórias, amigos e rolês. Se você deu essa sorte e está morando com alguém sociável e tranquilo, melhor ainda! Mas isso não quer dizer que todas as experiências em casa (e fora dela) precisam ser vividas a dois – ou três, quatro, cinco… Sem grude absoluto, firmeza? Até porque uma das delícias de morar sozinho é ter um tempo para se curtir, lendo um livro ou gargalhando com aquela série do Netflix.
6 – Já diria Caetano: é que uma faxina, às vezes, cai bem
Não é todo mundo que consegue bancar uma diarista para limpar a casa, pelo menos uma vez por semana. E para pra pensar, será que precisa dessa rotina de limpeza tão intensa? Cada um pode ficar responsável pelo próprio quarto, por exemplo, e dividir por mês a limpeza das áreas comuns da casa, como a cozinha, lavanderia, sala… Tá certo que não é a atividade mais legal do mundo, mas ela é necessária, gente. Se não funciona na base do bom senso e da conversa com o seu companheiro, apele para uma planilha da faxina, com data marcada. Justo!
7 – Usar aquele shampoo caro que não é seu
Chegou a hora do banho e, com a cabeça debaixo da água, rola aquele pensamento: “será que eu passei no mercado e comprei o meu xampu que tinha acabado?”. É provável que você já saiba a resposta antes mesmo de concluir o raciocínio. O vacilo pode acontecer, é claro, e ninguém vai morrer porque perdeu um pouquinho de xampu. Mas é preciso ter consideração pelo produtinho caro do colega e evitar essa situação embaraçosa. Tem gente que liga para isso, ok?
8 – Fumar em todos os ambientes da casa (com um morador não-fumante)
O louco da nicotina chegooooou! Se você é fumante, pode não perceber, mas cigarro não é uma coisa muito cheirosa e agradável. Se o seu companheiro de casa não fuma, a melhor saída é conversar e combinar as áreas liberadas para os fumantes. Pode ser na janela da sala, da área de serviço, na sacada… Basta não desrespeitar o espaço alheio e tomar cuidado para não “defumar” a roupa do companheiro que tá secando no varal. Ah, e cuida das suas próprias bitucas, fazendo o favor!
9 – Comer a comida alheia
Imagine você fantasiando com aquela colherada de creme de avelã, o dia inteiro, no trabalho. Aí, chega em casa e descobre que o doce foi sorrateiramente subtraído da sua prateleira na geladeira. Pouco absurdo, né? Esse tipo de situação é o fim da picada, e fala muito sobre a pessoa que mora com você: é desrespeito puro! Tá, bateu uma vontade de doce e a pessoa quis comer um pouco? Vale mandar uma mensagem e perguntar se tem algum problema, sempre. E, depois da vontade súbita, é obrigatório repor o alimento do companheiro, de algum jeito. É uma maneira de evitar brigas bestas e sem fundamento.
10 – Bancar o passivo-agressivo
É bad demais chegar em casa e perceber aquele climão tenso, como se uma bomba estivesse prestes a explodir. Todo mundo é adulto e capaz de conversar sobre mágoas e frustrações. Deixar indiretas, armar motivos e armadilhas que engatilham discussões e não discutir o verdadeiro problema com o companheiro é a receita perfeita para uma quebra de contrato – e quiçá de amizade, também. Por isso, não tenha medo de expor os problemas e abrir o jogo com o outro. Nem sempre dá para adivinhar o que estamos fazendo de errado, certo? Com uma ajudinha, todo mundo se resolve e curte legal!
E se você ainda tá pensando em sair de casa, prepare-se para o que está por vir com essa galeria sobre as maiores mudanças depois de mudar sozinho!