O tão temido bloqueio do aplicativo de mensagens WhatsApp chegou, nessa quarta-feira (16), com a promessa de dificultar a comunicação entre os usuários por um período sofrido de 48h. É claro que existem alternativas e outros meios para manter o papo em dia, como listamos nessa matéria aqui; a questão é que, longe do diabo do “zapzap”, outros hábitos e costumes considerados ultrapassados podem voltar à tona, e isso não é de todo ruim.
Pensando em um mundo livre de aplicativos de mensagens, nós poderíamos fazer como o vice-presidente Michel Temer e apostar na boa e velha carta, não é? Depois daquele desabafo sofrido que Temer fez à presidenta Dilma, as cartinhas (de amor ou de dor, fica à sua escolha) voltaram a ser tendência. Com o bloqueio do Whats, então…
Você não tem telefone fixo em casa e, muitas vezes, o WhatsApp quebrou o galho com aquela ferramenta que possibilita a ligação para outros contatos. Gente, não sei se vocês sabem, mas ainda rola uma coisinha chamada “ORELHÃO” nas ruas. Só procurar a banca mais próxima e comprar aquele cartão telefônico esperto.
Falando em ligações, quanto tempo faz que você não dá um “alô” para a sua avó lá em Itapecerica da Serra? Pois é, a gente ficou realmente viciado nesse trocinho de digitar mensagens, mas vez ou outra é bom ouvir a voz daqueles que nos são queridos.
Se você é como eu e está em 764234634 grupos de amigos no WhatsApp, sabe que, muitas vezes, todos estão online e conversando ao mesmo tempo. Imagina que louco se essas conversas estivessem rolando ao vivo, num churrasco ou num café? Sdds, Friends e rolês no mundo real
Com o bloqueio do Whats, dá para comemorar que, pelo menos por essas 48h, as pessoas voltarão a dirigir com as duas mãos no volante e prestando atenção à frente. Vivaaaaa!
Uma galera ainda tem aquele hábito de trocar e-mails com um grupo de amigos e conhecidos. Será que tá na hora de ressuscitar o seu? Só não vale mandar textão inspirado no Temer, ok!
Lembra quando nossos pais diziam que brincavam muito mais na rua ou conversavam com os vizinhos na calçada, para colocar a fofoca em dia? Na época deles, não existia zapzap, viu? E nem por isso era menos daora.
O bloqueio do WhatsApp acaba repercutindo em diversas esferas da nossa vida. Quantas vezes não marcamos de encontrar uma pessoa e, pela possibilidade de avisar sobre o atraso, acabamos deixando a pontualidade meio de lado? Pois bem, sem o Whats não tem essa. Se marcou às 19h, tem que chegar às 19h, gente. Se nossos ancestrais conseguiam, nós também conseguimos!
Brigas no grupo de família, DR, indiretas, tretas… A gente sabe que, no WhatsApp, todo mundo erra o tom na hora de falar sobre algo mais sério e, de repente, começa uma briga nada a ver. Sem o app, dá para resgatar o espírito deboísta e antitretas da vida real, certo?
Em momentos de dificuldade como esse, a saída é resgatar tudo que ficou para trás, na história. Se não rola e-mail, carta, encontro ao vivo e em cores… Bom, só nos resta tentar o código morse, né?