As Olimpíadas do Rio de Janeiro são das mulheres e nós temos como provar que isso é verdade. Nessa primeira semana de Jogos, as atletas do sexo feminino estão roubando a cena e o coração da torcida brasileira e de todo o mundo.
Em praticamente todas as categorias presentes na Rio 2016, mulheres ganham menos que homens. Em alguns casos, como no futebol, a diferença entre o espaço dado e dinheiro investido nos homens e no time feminino é abismal. Mesmo assim, até agora, são as mulheres que têm feito o torcedor do Brasil comemorar.
Com toda essa desvantagem, cada vitória delas é ainda mais valiosa e emblemática. Por isso, nós separamos 10 mulheres que nos fizeram ter certeza de que as Olimpíadas de 2016 são delas.
1. Olimpíadas com o maior número de mulheres competindo
Nunca uma edição das Olimpíadas teve tantas mulheres. São 5.180 mil competidoras entre 11.437 mil, representando 45.29% dos participantes, um número mais de 10% superior ao de Londres 2012.
2. Katie Ledecky rainha da p**** toda
Katie tem apenas 19 anos, mas já é o principal nome da Natação nesses Jogos Olímpicos. A nadadora norte-americana quebrou o recorde dos 400m livres e tem dado um show na piscina. Na carreira, já são 12 recordes somados.
3. Yane Marques e Lea T
Pouca gente percebeu, mas a delegação brasileira deu um show de empoderamento na cerimônia de abertura das Olimpíadas. Quem levou o nome do país na bicicleta à frente de todos foi ninguém menos que Lea T, modelo trans mundialmente conhecida. A porta-bandeira também era uma mulher. Yane Marques, atleta nordestina.
4. A nadadora da equipe de refugiados do COI que tem uma história incrível.
Yusra Mardini é uma das maiores guerreiras da história das Olimpíadas. A nadadora síria de 18 anos compete pela equipe de atletas refugiados que representa o COI. Entre as 45 nadadoras que competiram por uma vaga na final dos 100 metros borboleta, ela chegou em 41º lugar, mas pouco importa. Yusra fugiu da Síria em um bote inflável pelo Mar Mediterrâneo. Eram pelo menos 18 pessoas com ela, quando o motor pifou. Junto com sua irmã, Yusra nadou por três horas puxando o bote com cordas até a Ilha de Lesbos, na Grécia, salvando vidas e se tornando uma verdadeira heroína.
5. A ginasta de 41 anos que está na sétima Olimpíada
Enquanto vemos algumas atletas da ginástica artística de 15, 16 anos, Oksana Chusovitina, do Uzbequistão, está na sua sétima Olimpíada aos 41 anos de idade. Ela promete se aposentar no Rio de Janeiro, mas o gás é o mesmo das jovens promessas da modalidade.
6. O vôlei feminino
O início arrasador do vôlei feminino deu ainda mais gás para o time conquistar o inédito tri-campeonato olímpico, após vitórias em Pequim 2008 e Londres 2012.
7. Marta
Cinco vezes melhor do mundo e uma genuína camisa 10. Marta deu show nos primeiros jogos do time feminino de futebol do Brasil, que marcou oito gols em dois jogos sem sofrer nenhum. Enquanto isso no masculino…
8. Falando no futebol feminino…
Oito gols em dois jogos e uma inevitável comparação com o time dos homens, que não marcou nenhum gol contra as fracas seleções da África do Sul e Iraque. O Brasil das mulheres é valente, joga bonito e com uma garra contagiante. Muito rapidamente, conquistou o coração do público, mesmo com muito menos recursos, visibilidade e dinheiro que Neymar e companhia.
9. Joanna Maranhão e seu discurso de empoderamento
Joanna Maranhão não foi bem nos Jogos do Rio. As eliminações precoces nas provas em que disputou fizeram com que ela tivesse apenas dois dias de competições na Natação. Foi o bastante para que, assim como aconteceu com Rafaela Silva em 2012, Joanna fosse massacrada nas redes. Mas ela não deixou barato e jogou a real. “O Brasil é um país machista, um país racista, um país homofóbico, uma país xenofóbico. Não estou generalizando, mas essas pessoas existem, infelizmente. E aí quando elas estão atrás de um computador, se acham no direito de fazer essas coisas”, disse ela, em entrevista logo após sair da piscina.
10. Rafaela Silva
Não é fácil sair da Cidade de Deus, uma das maiores favelas do Brasil, e chegar no topo de um pódio olímpico. Especialmente quando seu próprio país vira as costas para você. Rafaela Silva encarou tudo isso de frente, calou os racistas e faturou o primeiro ouro do Brasil no Rio de Janeiro, se tornando o principal nome do país nos Jogos Olímpicos até aqui.
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Créditos: Reprodução/olympiccityproject.com/