Sommelier dá três dicas de vinhos apaixonantes para Dia dos Namorados

Se tem uma data que casa perfeitamente com um bom vinho é o Dia dos Namorados. Além do vinho ser uma bebida historicamente ligada ao amor, sedução e conquista, a data também é uma ótima oportunidade para um jantar romântico harmonizado com uma bela taça.

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E seja para os amantes da enologia ou pessoas que queiram apenas degustar uma boa experiência, saber escolher um bom rótulo para a ocasião pode render muitos pontos positivos à celebração do Dia dos Namorados.

O sommelier Jonas Martins, gerente comercial da MMV Importadora de Vinhos, selecionou três rótulos especiais que, além de serem uma boa pedida em termos de qualidade, também apresentam um preço acessível que agrada a todos os gostos.

Os dois primeiros rótulos são, na verdade, um “casal” de vinhos produzidos pela CarinaE Viñedos Y Bodega, na microrregião de Maipú, na Argentina. Além da história da vinícola, que é apaixonante, esses dois vinhos apresentam peculiaridades e se completam dentro de suas composições: o CarinaE Cuvée Brigitte e o CarinaE Cuvée Philippe, ambos safra 2017.

Criados pelo casal francês Brigitte e Philippe Subra, que migraram para a Argentina em 1998 com o intuito de fazer uma vinícola para produzir vinhos de estilo francês em território platense, os vinhos da CarinaE contam com a assessoria do time de Michel Rolland, um superstar dos vinhos, sendo uma das figuras mais icônicas no mundo do vinho.

Ambos os vinhos são produzidos com o mesmo blend de três uvas: Malbec, Cabernet Sauvignon e Syrah, porém, com porcentagens de misturas diferentes. O Cuvée Brigitte tem 55% Malbec, 36% Cabernet Sauvignon e 7% Syrah, enquanto o Cuvée Philippe usa 33% Cabernet Sauvignon, 34% Malbec e 33% Syrah.

Essa diferença faz o Cuvée Brigitte ser um vinho muito mais fino e elegante, redondo em boca, mesmo sendo um vinho marcante. Traz ao nariz tons de frutos vermelhos e escuros, como cereja, ameixa, cassis, com final defumado.

Já o Cuvée Philippe é um vinho muito mais encorpado, uma verdadeira “pancada” ao paladar, muito estruturado e poderoso, seco em boca, com acidez alta e elevados taninos, além do toque tostado de madeira em equilíbrio sublime.

Martins explica que a porcentagem da uva Syrah é o fator primordial para a diferenciação entre os dois rótulos. Isso porque a uva é plantada no terroir de Chachingo, que apresenta um clima mais extremo, desértico, com sol forte de dia e menor influência de ventos, com uma extremada temperatura boa para a Syrah, propiciando mais acúmulo de açúcar e taninos, o que deixa o vinho mais encorpado.

Os dois vinhos, Cuvée Brigitte e Cuvée Philippe, são excelentes para um jantar com massas e carnes vermelhas.

A terceira opção é um lançamento da MMV, e para ir contra os paradigmas de que “vinho branco não é para o inverno”, o sommelier indica um Sauvignon Blanc, muito por conta de uma tendência que tem crescido no Brasil e comum em países com maior tradição de consumo de vinhos, que é apreciar vinhos brancos ao longo do ano todo, independente da sazonalidade.

O Fortunatus Sauvignon Blanc, produzido pela Viña Alto Roble, em Curicó, no sul do Chile, local mais frio e ideal para o cultivo dessa espécie de uva, é um vinho branco com um bom teor alcoólico, 14%. Muito fino e elegantíssimo, fresco em boca, tem aromas que lembram pimentas, ervas, como o tomilho, e aromas de aspargos, o que relega ao Fortunatus Sauvignon Blanc a mais alta casta desse tipo de vinhos.

Sem contar o ótimo custo-benefício, já que pode ser encontrado nas lojas por 90 reais, enquanto seus concorrentes franceses e neozelandeses chegam a custar três vezes mais.

“Com essas três opções, o Dia dos Namorados certamente terá um toque especial e a celebração ficará completa”, finaliza Jonas Martins.


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