As receitas especiais do McDonald’s para fazer da rede a mais famosa no mercado de fast food são sempre um mistério a ser desvendado. Mas parece que um jornalista conseguiu descobrir pelo menos um pequeno e importante detalhe de uma delas.
As batatas fritas da lanchonete foram criadas juntas com o lançamento da franquia, nos anos 1950, e não sofreram nenhuma mudança em sua produção até quatro décadas depois, em 1990.
O podcast Revisionist History, do jornalista Malcolm Gladwell, dedicou um programa inteiro explicando detalhes e dizendo o que motivou a alteração que marcou a história do McDonald’s.
Segundo Gladwell, a especiaria era fritada no sebo de carne bovina, e passou para o óleo vegetal por conta do empresário Phil Sokolof, um americano que gastou milhões em campanhas que denunciavam as razões que faziam as batatas do “Mac” serem prejudiciais à saúde.
Sokolof sofreu um ataque do coração em 1966, aos 43 anos. Ele sobreviveu e seu nome se tornou referência na luta contra os produtos alimentícios com alto índice do colesterol.
Em 1990, Sokolof fez um longo anúncio onde acusava a rede de envenenar a população ao fritar batatas fritas na gordura, o que era segredo até então.
Na época, o McDonald’s negou as acusações. Mas, em 23 de julho daquele mesmo ano, a empresa voltou atrás e resolveu trocar a gordura por óleo vegetal. Só que na autobiografia de Ray Kroc, o homem que comprou a franquia dos irmãos McDonald’s, havia instruções severas de que a gordura utilizada para fritar as batatas não participassem de nenhuma outra parte do processo.
Isso tudo fez com que Malcolm Gladwell concluísse que não é verdade que o óleo vegetal é mais saudável que o sebo de carne bovina. Na verdade, é até pior. “Não apenas eles destruíram as batatas fritas, como nos deram algo que é pior para nossa saúde. Então tudo sobre essa polêmica foi um erro”, afirmou.