Elas desenham as curvas do automobilismo: O avanço feminino na NASCAR (Foto: CO Assessoria)

Durante décadas, o automobilismo foi visto como um território exclusivamente masculino — uma arena onde força física, resistência emocional e frieza sob pressão eram associadas apenas aos homens. No entanto, essa imagem vem sendo desconstruída por mulheres que desafiaram estereótipos, enfrentaram resistência e conquistaram espaço em um dos esportes mais tradicionais do mundo.

PUBLICIDADE

CLIQUE E SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS
Instagram – Famosos, Música, Vídeos Engraçados, Life Style e muito mais!
TikTok – Os melhores vídeos do mundo do Entretê de um jeito que você nunca viu!
Facebook – Todas as notícias do Virgula em apenas um clique, em um só lugar!

Desde que Sara Christian alinhou seu carro na NASCAR em 1949, abrindo caminho para futuras gerações, o percurso das mulheres nas pistas foi marcado por obstáculos invisíveis — e vitórias concretas. Em 2013, Danica Patrick escreveu um novo capítulo ao se tornar a primeira mulher a conquistar a pole position na Daytona 500, mostrando que talento e estratégia não têm gênero.

PUBLICIDADE

Essa transformação não se limita ao cockpit. Nos bastidores, figuras como Brehanna Daniels — a primeira mulher negra a integrar uma equipe de pit crew — e executivas como Vanessa Abreu ampliam a presença feminina em áreas técnicas e de gestão esportiva, historicamente dominadas por homens. Esse movimento prova que a evolução é estrutural e não apenas simbólica.

📍LEIA MAIS DO VIRGULA

Vanessa Abreu, produtora executiva e relações públicas internacional especializada em esporte e entretenimento, é um dos nomes que acompanham e impulsionam essa mudança. Além de atuar diretamente nos bastidores da modalidade, ela assumiu, em 2018, um papel de liderança na NASCAR Mexico Series como gerente da equipe do piloto Marco Marín. Sua atuação envolveu a gestão de estratégia, logística, patrocínios, branding e relações públicas.

PUBLICIDADE

No Autódromo de Monterrey, durante a estreia da equipe na Mikel’s Trucks Series, Vanessa liderou a estrutura organizacional que resultou no primeiro pódio de Marco Marín na categoria. “Foi um marco não apenas para o piloto, mas também para o reconhecimento de que mulheres podem coordenar e conduzir equipes ao sucesso em ambientes de alta performance”, afirma.

Vanessa também foi responsável por desenvolver toda a identidade visual da equipe, coordenando a imagem da escuderia em eventos, materiais promocionais e ativações de marca.

“O automobilismo sempre reforçou a imagem do piloto como símbolo máximo de masculinidade. Ver mulheres assumindo protagonismo dentro e fora das pistas é um passo importante para reequilibrar essa narrativa”, analisa Vanessa.

Hoje, nomes como Toni Breidinger, primeira árabe-americana na NASCAR, e Katherine Legge, que voltou a disputar a Cup Series em 2025, demonstram que o espaço feminino não é mais exceção, mas tendência. No Brasil e na Europa, pilotos como Arianna Casoli e Luciane Klai reforçam essa expansão global.

Na NASCAR México, esse movimento feminino ganha contornos ainda mais expressivos. Regina Sirvent, que chegou a integrar a escuderia de Marco Marín, tornou-se a primeira mulher a subir ao pódio da NASCAR Challenge. Já Mara Reyes, da equipe Arris, foi uma das pioneiras do automobilismo mexicano, servindo de inspiração desde os primeiros passos da categoria no país.

Nos bastidores, a presença feminina também se fortalece. Grande parte da equipe gestora principal da NASCAR México é formada por mulheres — um reflexo direto da visão inclusiva de Jimmy Morales, diretor da categoria, conhecido por abrir espaço e confiar no talento feminino em cargos estratégicos. “Aprendi muito com ele. Jimmy é um líder que acredita na capacidade das mulheres e impulsiona essa transformação com coragem e generosidade”, destaca Vanessa.

O impacto dessa presença vai além dos circuitos. Jovens garotas que hoje assistem às corridas têm, pela primeira vez, exemplos reais de que podem ser mais do que fãs: podem ser pilotos, engenheiras, estrategistas ou líderes de equipe. A quebra de paradigmas cria novas possibilidades para a cultura automobilística e pressiona as organizações esportivas a promover ambientes mais inclusivos.

“A velocidade continua sendo a mesma. O que muda é quem tem o direito de acelerar e de comandar nos bastidores”, finaliza Vanessa Abreu.

As curvas da pista continuam desafiadoras, mas ganham novo significado quando acompanhadas pelas curvas do poder feminino — elegantes, firmes e determinadas a transformar o futuro do automobilismo.


int(1)

Elas desenham as curvas do automobilismo: O avanço feminino na NASCAR