(Por Camila Mendes) O mundo chamado de “mercado financeiro” está cada vez mais presente no cotidiano de brasileiros, sendo tema de notícias diariamente e até de bate-papos em mesa de bar. Dessa forma, muita gente começou a se interessar por formas de investimento que vão além da tradicional poupança.

 

Poupar é sem dúvida uma das principais ferramentas de planejamento financeiro. Porém, antes de pensar em aplicar seu dinheiro, um investidor deve considerar quais são as suas condições financeiras. Os jovens, muitas vezes, ainda nem conquistaram a independência financeira, portanto, antes de tudo, o investidor iniciante precisa calcular quanto de sua renda pode economizar.

 

Mas, se existe uma regra que se adapta a qualquer estratégia de investimento, é a de que quanto antes você começar a investir, melhor. Isto porque, quanto maior o tempo de aplicação, maior o rendimento. O dinheiro parado – aplicado na conta-corrente, por exemplo – é corroído pela inflação. E, como em geral aprendemos com nossos erros, quanto antes você se arriscar melhor, pois o caminho do aprendizado será mais longo. Com 20 anos você tem menos responsabilidades e um erro pode custar menos do que ter um prejuízo aos 40 anos.

 

Como começar

 

Sendo assim, se você já se interessa, ou se preocupa, em fazer um pé de meia, tente responder a estas questões chaves: quando chega o fim do mês, você consegue pagar todas as suas contas, ou acumula dívidas? Você é capaz, com esforço, de pagar tudo em dia; ou você consegue separar uma quantia para poupar?

 

Você estará apto a ser um investidor se respondeu somente a última pergunta com um sim. Já se as primeiras alternativas corresponderam a sua situação financeira, o primeiro passo é tentar equilibrar suas contas. Pense quais gastos podem ser cortados e tente ser um consumidor inteligente. Pesquisar preços (de bens de consumo e baladas, por exemplo) e buscar alternativas mais baratas para os gastos fixos (como contas de luz, telefone e aluguel) são fundamentais para equilibrar o orçamento.

 

Enxugar o orçamento é importante, pois investir e ter dívidas ao mesmo tempo não é a forma mais adequada para se obter ganhos. No Brasil a taxa de juro que você paga quando toma um empréstimo geralmente é mais alta do que aquela que recebe quando aplica seus recursos, então priorize quitar suas dívidas e controlar gastos antes de investir.

 

Poupar requer disciplina e regularidade, já que quanto maior o montante investido, maior o retorno. Para começar, não é preciso uma quantia muita alta. O importante é criar o hábito e levá-lo consigo por toda a vida.

 

Objetivos

 

O segundo passo é definir quais são os seus objetivos. Você quer comprar um carro? Daqui a quanto tempo? Você quer se aposentar com um bom dinheiro guardado? Seja qual o tamanho do seu sonho, ele pode se tornar realidade, desde que você invista consciente. Sendo assim, a primeira dica é procurar um tipo de investimento que se adéqüe ao seu objetivo.

 

O mercado de ações pode dar retornos altos, porém é arriscado. Já um fundo de renda fixa tem rendimentos mais modestos e seguros. Se você pretende guardar um dinheiro para viajar no ano que vem, por exemplo, a renda fixa é a melhor opção. Já se você pretende adquirir um imóvel daqui a dez anos, a Bolsa pode ser a alternativa mais adequada. Por fim, vale a pena se informar, através da imprensa, com o gerente do seu banco ou fazendo cursos de educação financeira, e assim saber exatamente onde seu dinheiro estará aplicado.


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