(Por Camila da Rocha Mendes) As turbulências econômicas ocorridas em 2008 fizeram suas vítimas. Estudo da consultoria Economática revelou que 45 empresas brasileiras perderam mais de 80% do seu valor de mercado (soma da cotação em bolsa de todas as ações de uma companhia) no ano que passou. No final de 2007, o acumulado delas era de US$ 59,7 bilhões contra US$ 7,7 bilhões no final de 2008, ou seja, todas somadas perderam –87,1% entre um ano e outro.

Entre as companhias brasileiras, a líder em perda foi a Agrenco, cujos controladores foram acusados de fraudes e desvio de dinheiro. As acusações levaram a empresa a ver seu valor de mercado recuar 98,3% em 2008, a maior variação entre todas as empresas latino-americanas monitoradas pela pesquisa.

A Agrenco, contudo, ficou na quinta posição do ranking total – que considera 122 companhias abertas (da América Latina e Estados Unidos) e que tiveram o valor de mercado reduzido em mais de 80% no ano passado.  A segunda empresa brasileira a aparecer no ranking é a Laep, controladora da Parmalat no país, que ocupa o 15º lugar, com perda de 95,8% em seu valor de mercado. Em seguida estão MMX (-95,5%), Abyara (-94,7%), Inpar (-93,5%) e Brasil Ecodiesel (-93,4%).

As quatro empresas que amargaram as maiores desvalorizações são norte-americanas, sendo que a líder da lista é a Idearc, companhia de publicações de paginas amarelas que fechou capital após ver seu valor de mercado encolher 99,9% – ou seja, quase um valor nulo. O banco Lehman Brothers, que ao falir desencadeou a atual crise global, viu seu valor de mercado despencar 99,7%. Na seqüência aparecem as companhias RH Donnelley e E W Scripps, com quedas de 99% e 98,4%, respectivamente.

 


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Virou pó: 45 empresas brasileiras perdem mais de 80% em valor de mercado

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