No momento, seu grande objetivo na USP é, além de ver os estudantes ganharem essa briga, conseguir uma bolsa para pesquisa. É o que eu quero fazer e agora estou tentando conseguir. Dedico 20 horas semanais para isso, diz ele confiante. Faz questão de dizer que é estudante com média de aprovação 8,5, ou seja, quer mesmo jogar pra longe a idéia de que os universitários não têm nada melhor pra fazer.
O espírito de liderança vem de família. Meus pais foram militantes do movimento estudantil na década de 60, até hoje estão envolvidos na política e me dão a maior força. Apenas pedem que eu tome cuidado. Para o currículo, soma-se ainda o parentesco com Henfil e Betinho, que no passado abraçaram as causas da anistia e fome.
O jovem de 21 anos diz que já considera uma vitória o espaço conseguido pelos estudantes na mídia. Se não aprovarem nossas reivindicações, não será derrota. Toda essa visibilidade já é uma vitória pra gente.