A crise financeira internacional fez com que as ações de empresas por todo o mundo despencassem. Com isso, o valor de mercado da maior parte das companhias abertas apresentou uma redução considerável desde o início deste período de turbulência.

Como forma de se proteger dessa situação, algumas empresas no Brasil anunciaram, desde o final do ano passado, grandes programas para a recompra de ações. Quando isso acontece, as companhias fixam um prazo para recomprar uma quantidade de ações no mercado.

O mercado entende que, quando isso acontece, as empresas estão com dinheiro em caixa, mostrando uma situação financeira sólida. Além disso, consideram que os preços de suas ações estão com preço bastante abaixo do valor real.

Se por um lado a medida ajuda a proteger as ações da empresa, ela reduz a liquidez no mercado, já que o número de papéis em negociação cai consideravelmente. O principal programa lançado no Brasil em 2008 para a recompra foi da Vale, que prevê gastar até R$ 5,8 bilhões com prazo de 360 dias para execução

No entanto, quando a situação da empresa é ruim, a recompra de ação passa a ser considerada um gasto elevado e, em muitos casos, o programa é interrompido. Foi o que a Philips anunciou na última segunda-feira (26) na Europa, após registrar prejuízo de US$ 1,9 bilhão em 2008. A mesma decisão foi tomada pela Nokia e pela Fiat na última semana.

Em 2008, as empresas brasileiras quem possuem ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tiveram uma redução em seu valor de mercado de aproximadamente R$ 1 trilhão. Esse total representa 40% do Produto Interno Bruto do país, que é de pouco mais de R$ 2,5 trilhões.
 


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Recompra de ações é alternativa para evitar desvalorização de empresas

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