(Por Gabriel Codas) Durante o último final de semana, o jornal a Folha de S. Paulo informou que a indústria paulista realizou mais de 100 mil demissões somente em dezembro. O número, que é de um relatório preliminar da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), aponta que os cortes podem chegar a 120 mil. Caso isso aconteça, os postos de trabalho criados no setor em 2008 serão praticamente zerados, já que até novembro foram realizadas 123 mil contratações.

Esses números, que segundo dados da Fiesp são os piores da década, foram sentidos na pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgada na tarde desta segunda-feira (19). Somente no último mês do ano ocorreram 654 mil demissões com carteira assinada no país, o dobro da média para o período. Porém, 2008 teve a geração de 1,45 milhão de vagas.

Os dados oficiais sobre a taxa de desemprego, elaborados Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatística (IBGE) serão divulgados na próxima quinta-feira (22). Na pesquisa referente a novembro, o indicador apontou que 7,6% de desempregados no país, contra 7,5% de outubro.

Na prática, a taxa de desemprego representa a parcela da população capaz de exercer uma atividade econômica e que busca um emprego remunerado, mas que está fora do mercado de trabalho. O índice engloba também aqueles que não recebem por seus serviços. Por tanto, a taxa é formada a partir do número de trabalhadores desempregados dividido pela força de trabalho total.

No entanto, no Brasil há uma divergência entre a metodologia utilizada pelo IBGE e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), que, diferentemente do órgão estatal, não considera o bico como atividade econômica. O Dieese entende que isso gera uma grande distorção. Seus levantamentos apontaram uma taxa de desemprego de 13% em novembro.

Outro indicador que sinaliza uma a piora no mercado de trabalho brasileiro foi divulgado na última semana. Segundo o Ministério do Trabalho, o número de pedidos de seguro-desemprego no país cresceu cerca de 20% em novembro de 2008, na comparação com mesmo período de 2007, saltando de 499,3 mil para 614,5 mil.

 


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Para Fiesp, índices de emprego são os piores da década