(Por Gabriel Codas) Desde a última quarta-feira (28) acontece em Davos, na Suíça, o Fórum Econômico Mundial. O encontro, anual foi criado com o objetivo de contribuir na solução dos problemas atuais. Durante cinco dias, acontecem palestrar que contam com as participações de alto executivos, políticos, artistas, acadêmicos, líderes religiosos, sindicalistas e ativistas de diversas organizações não-governamentais.
Em meio à crise financeira internacional, o clima após o primeiro dia de fórum é de pessimismo em Davos. O temor é que o agravamento do cenário prejudique ainda mais o desempenho dos países desenvolvidos.
Apesar de reunir mais 2,5 mil participantes, Davos é apontado por analistas apenas como um local para conversas informais. Muito dos encontros acontecem com portas fechadas, assim como em 1994 palestinos e israelenses retomaram o processo de paz na região da Faixa de Gaza.
O Fórum deste ano ganhou uma importância política muito grande e conta com a presença destacada de chefes de Estado e de governo. Logo no primeiro dia, Wen Jiabao, premiê da China, foi entrevistado por Klaus Schwab, o presidente encontro. Já Vladimir Putin, primeiro-ministro da Rússia, fez o discurso de abertura.
Outros líderes políticos importantes na programação deste ano são Taro Aso, primeiro-ministro do Japão, Gordon Brown, primeiro-ministro do Reino Unido, e Angela Merkel, chanceler da Alemanha. A organização agurda mais de 40 chefes de Estado ou de governo no evento.
Representando o setor corporativo, executivos como Bill Gates, da Microsoft, e Larry Page, do Google, também participam de Davos . Segundo a organização do evento, 56% dos mais de 2,5 mil participantes previstos são líderes empresariais, representando um grupo de mil empresas de destaque mundial que são participantes permanentes do Fórum.
Do Brasil, estarão em Davos o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Da área estatal, irá José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras. Vários outros empresários também vão marcar presença.
Por reunir uma grande quantidade de empresários e líderes políticos, o encontro de Davos é considerado por lideranças de esquerda como um dos símbolos da globalização. Para discutir os impactos da economia na vida das pessoas, acontece paralelamente o Fórum Social Mundial, que este ano se realiza na cidade brasileira de Belém.