Nova era da liderança em mídia redefine o papel dos profissionais na comunicação (Foto: Divulgação)

As transformações do mercado publicitário nos últimos anos deixaram claro que o sucesso de uma marca vai muito além da criatividade isolada ou da eficiência técnica. A velocidade das mudanças tecnológicas, o impacto dos dados e a demanda por resultados em tempo real estão exigindo uma nova forma de pensar e conduzir equipes. Nesse contexto, o papel da liderança em mídia ganha centralidade e deixa de ser apenas sobre planejamento de campanhas para se tornar sobre orquestração de negócios, pessoas e propósito.

Mel Carvalho, head de Mídia, Publicidade e Estratégia da AlmapBBDO, é uma das vozes mais atuantes dessa transformação. À frente de um time que integra criatividade, tecnologia e inteligência de dados, ela enxerga o novo líder de mídia como um conector de mundos, capaz de alinhar estratégia e emoção para impulsionar resultados e inspirar pessoas. A executiva acredita que atualmente, o líder precisa dominar não apenas a técnica, mas também a arte de construir pontes e fortalecer relacionamentos.

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“Hoje, o líder de mídia deve unir pensamento sistêmico, visão de negócio e inteligência emocional para inspirar equipes multidisciplinares e guiar decisões complexas”, afirma. “Deixamos de operar campanhas para participar diretamente da construção de negócios.”

Para Mel, a combinação entre autonomia e precisão é o alicerce dessa nova cultura. “Controle sem confiança mata a inovação”, diz. “É essencial cultivar uma cultura de accountability, criar métricas sólidas e permitir que os times proponham novas frentes. A criatividade é um motor de aceleração dos negócios”, complementa a especialista.

A inteligência artificial e outras tecnologias emergentes, segundo ela, ampliam ainda mais o alcance do papel da liderança. O desafio está em equilibrar a potência tecnológica com a sensibilidade humana. “As IAs não estão apenas otimizando tarefas, estão reconfigurando a lógica da indústria. Cabe ao líder preparar o time para essa nova realidade, sem cair em extremos, nem demonizar a tecnologia, nem fazer dela a principal solução. Quando bem combinadas, criatividade e tecnologia potencializam a interpretação de dados e a produção de narrativas mais envolventes”, reforça Mel.

Novos códigos para a gestão do futuro e o papel das mulheres na formação de líderes

Segundo Mel, as mulheres contribuem de maneira essencial para os novos modelos de gestão, trazendo naturalmente competências como escuta ativa, pensamento integrador e colaboração sofisticada. “Mais do que ocupar espaços, estamos redefinindo os códigos da liderança, substituindo modelos hierárquicos e rígidos por estilos mais conectivos, adaptativos e visionários”, afirma.

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Outro ponto central na opinião da especialista é o processo de desenvolvimento e formação de novos líderes, que, segundo ela, exige mais do que repertório técnico e passa principalmente, pela maturidade emocional e capacidade de diagnosticar diferentes situações dentro de um mercado cada vez mais acelerado.

“Quando penso em gestão de pessoas, para mim é muito claro que a parte mais complexa da liderança não está na técnica, mas no emocional e no relacionamento com pessoas. É preciso criar ambientes que estimulem o raciocínio crítico, o repertório de negócios e a autonomia intelectual, porém, esse contexto deve sim, estar inserido em um modelo humanizado de relacionamento com o próximo. Por isso, acredito que feedbacks consistentes e a possibilidade da construção de vínculos são essenciais para formar gestores capazes de operar em múltiplas camadas”, defende.

A profissional acredita que, à medida que as hard skills se tornam cada vez mais automatizadas, e, o verdadeiro diferencial competitivo estará nas soft skills, como empatia, escuta e capacidade de adaptação. Para ela, liderar com propósito em um ambiente orientado por dados e metas agressivas é, sobretudo, gerar impacto positivo também no desenvolvimento de cada indivíduo. “Entendo que se trata de gerar valor real na vida das pessoas e pensar além da performance de curto prazo. No fim do dia, lidamos com pessoas, com suas narrativas e diferenças. O propósito se manifesta quando unimos dados, tecnologia e humanidade para criar significado, não apenas otimização”, conclui.


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