(Por Camila da Rocha Mendes) Depois de um fim de semana em que os líderes das 20 maiores economias do mundo, o chamado G-20, estiveram reunidos para elaborar ainda mais medidas de socorro aos mercados, finalmente os investidores se animaram e as Bolsas apresentaram forte valorização nesta segunda-feira (13).

 

Os Estados Unidos deram detalhes de como será implantado o plano de US$ 700 bilhões de socorro ao sistema financeiro. A implantação será realizada por sete programas diferentes e deve durar algumas semanas. Grupos de trabalho serão formados na equipe econômica do governo para discutir as melhores formas colocar o plano em prática. Apesar do tempo que ainda deve levar até que o socorro seja realizado, o mercado recebeu bem o projeto anunciado.

 

Os países europeus anunciaram pacotes de ajuda ao sistema financeiro que, juntos, somam mais de US$ 1,5 trilhão. No Brasil, o Banco Central anunciou medidas que devem injetar R$ 100 bilhões no sistema financeiro.

 

Recuperação generalizada

 

Diante da ação simultânea dos diversos governos, a Bolsa de Nova York teve um dia de recorde: o Dow Jones, seu principal índice, registrou a maior alta em pontos num mesmo pregão, avançando 936 pontos, o que equivale a 11,08%. O indicador relativo a empresas de tecnologia, o Nasdaq, disparou 11,81%. A recuperação veio depois de sexta-feira (10), o mercado nova-iorquino ter encerrado a pior semana de seus 112 anos de história.

 

Na Europa, a Bolsa de Paris avançou 11,18%, maior alta em 20 anos. O principal índice de ações européias fechou em alta recorde, de mais de 9%. Na Ásia, as Bolsas também dispararam; Hong Kong saltou mais de 10%.

 

A Bovespa, por sua vez, disparou 14,66% nesta segunda-feira, fechando na máxima do dia, aos 40.829,13 pontos. A cotação do dólar despencou quase 8%, a R$ 2,146. O mercado de ações brasileiro encerrou uma série de sete desvalorizações seguidas.


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Medidas de ajuda em todo o mundo levam Bolsas a recuperar parte das perdas