(Por Camila da Rocha Mendes) Nesta segunda-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um balanço do encontro do G-20 em seu programa matinal no rádio o “Café com o Presidente”.
O G-20 é o grupo formado pelas principais economias do mundo, cujos líderes estiveram reunidos em São Paulo neste final de semana. Durante o encontro, ministros da Economia e representantes dos bancos centrais dos países integrantes do grupo defenderam uma profunda reforma e o fortalecimento do papel do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial na atual crise financeira.
No documento de encerramento do encontro, os representantes financeiros ainda pediram maior representação dos países emergentes nesses organismos multilaterais. "O FMI, o Banco Mundial e outras instituições financeiras internacionais têm um papel importante a representar, consistente com seus mandatos, de ajudar a estabilizar e fortalecer o sistema financeiro mundial, avançar na cooperação internacional para o desenvolvimento e auxiliar os países afetados pela crise", diz o documento.
"Os países que representam mais os interesses do setor financeiro serão mais resistentes a uma fiscalização mais rígida", comentou sobre o tema o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Lula falou em seu programa que espera que as decisões tomadas pelos representantes do G-20 neste final de semana em São Paulo sirvam para nortear as discussões da reunião de cúpula no próximo dia 15 em Washington. O presidente ainda defendeu que uma maior regulamentação do sistema alegando que não é possível ter um mercado financeiro configurado como “um cassino”.
O G20 é formado pelos países do G7 (Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, Itália e França), além de Brasil, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, China, Coréia do Sul, Índia, Indonésia, México, Rússia, África do Sul e Turquia, mais a União Européia (UE), como bloco.