Aos 27 anos, Luiz Moura está prestes a completar seus estudos e se tornar um prático profissional. Seu estágio termina em fevereiro e, a partir daí, ele vai poder pilotar diversos tipos de embarcação e orientar outros comandantes.
Luiz não teve muita dificuldade em conhecer a profissão, porque repetiu a escolha de seu pai. Mas, para quem não tem muita intimidade com o termo, praticagem não é algo assim tão fácil de entender. Por isso, conversamos com Luiz, que explicou um pouco mais sobre sua futura profissão.
De onde surgiu o interesse pela sua profissão?
Bom, o interesse surgiu naturalmente, pois meu pai segue a mesma profissão. Então já sabia muito bem como seria minha vida profissional ao decidir fazer o curso de graduação de ciências náuticas.
Qual sua formação?
Sou bacharel em ciências náuticas, com habilitação em náutica, o que me dá autonomia para embarcar como piloto em navios de médio e grande porte de empresas de navegação de todos os setores, como petrolíferas, gaseiras, conteneiras e de passageiros, entre outras. O curso de graduação tem a duração de três anos presenciais em regime de semi-internato e mais um ano de praticagem (estágio) a bordo de embarcações de Cia’s de navegação privadas. Este curso é ministrado em duas escolas militares de formação de oficias (EFOMM) uma no Rio – CIAGA e outra em Belém – CIABA, e o ingresso nelas é feito através de vestibular. Fiz um cursinho preparatório para escolas militares.
Como você entrou no mercado?
O mercado da marinha mercante teve uma grande expansão nos últimos anos, principalmente com o pré-sal, há ofertas de empregos em praticamente todos ramos da navegação, então entrar no mercado de trabalho é bem propício.
Que dicas você daria pra quem quer seguir a mesma profissão?
Pesquise a fundo sobre a profissão, conheça os prós e contras e, se resolver que essa é a “sua praia”, siga e você não se arrependerá.
Quais as coisas mais legais e as mais chatas com as quais alguém tem que lidar na sua profissão?
As coisas legais: conhecer várias cidades, costumes e gente diferente, além de ser uma profissão bem remunerada. Já as coisas chatas: durante seu tempo de trabalho, que varia de um a dois meses, você fica longe de familiares e amigos.