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(Por Camila da Rocha Mendes) Nesta terça-feira (23) investidores de todo o mundo voltam a estar atentos ao noticiário financeiro norte-americano. Isto porque, as autoridades governamentais dos Estados Unidos apresentaram ao Congresso do país o plano de resgate do sistema financeiro que somará US$ 700 bilhões. Contudo, o detalhamento das medidas e a aprovação do pacote pelos congressistas norte-americanos ainda está sendo aguardado.

 

Após a falência do banco Lehman Brothers e das dificuldades de outras instituições que vieram à tona neste mês, o governo norte-americano anunciou a ação intervencionista, uma tentativa de conter os desdobramentos da crise. Como os EUA são a maior economia do mundo e seus bancos atuam em diversos países, todo o globo está vigilante e esperando que os problemas sejam sanados.

 

Os US$ 700 bilhões que o governo dos EUA pretende usar para amenizar os prejuízos de bancos serão destinados a comprar títulos ligados ao mercado hipotecário do país, entre outros, cujo valor de mercado caiu bastante desde o começo desta crise. Trocando em miúdos, o governo irá tomar para si os investimentos que se demonstraram ruins para aliviar a situação de das instituições financeiras.

 

Em discurso, o presidente George W. Bush disse estar confiante de que o  Congresso aprovará o plano de ajuda  rapidamente.

 

Brasil e outros emergentes

 

Em artigo escrito para o jornal britânico Financial Times, o economista Jim O´Neil afirmou que os quatro maiores países emergentes podem “apontar a saída da lama” para os mercados internacionais.

 

O economista inventou o termo Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) para designar as maiores economias entre o grupo de países em desenvolvimento – hoje também chamados de emergentes. Segundo ele, os consumidores nos Bric vão compensar uma provável retração do consumo nos EUA, em âmbito mundial. "Isto significa que, no início deste ajuste, um crescimento global de 3,5% ainda é viável, mesmo que não se possa sustentar um crescimento de 5%”, argumentou no artigo.

 

Já Henrique Meirelles, presidente do Banco Central do Brasil, afirmou em evento, nesta tarde, que o Brasil “está muito bem” e que a crise nos EUA pode desacelerar a economia doméstica, mas não abalará demais a situação por aqui.  Além disso, Meirelles elogiou o plano proposto pelo governo norte-americano.

 


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Investidores de olho no plano de resgate dos EUA