(Da Camila da Rocha Mendes) A inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) desacelerou no segundo decêndio de novembro – período entre 21 de outubro e 10 de novembro -, segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas). O indicador teve alta de 0,49%, após o avanço de 0,86% apurado em igual intervalo do mês de outubro.
O IGP-M, que é usado como referência para calcular o reajuste de aluguéis, acumula alta de 10,06% no ano e de 12% em 12 meses.
O índice é composto por outros três sub-índices, sendo que nesta leitura dois deles apresentaram desaceleração de preços.
Atacado paga mais barato e consumidor mais caro
O IPA (Índice de Preços por Atacado) teve registrou alta de 0,48%, menor que o avanço de 1,11% na segunda prévia de outubro. Na mesma direção, o INCC (Índice Nacional de Custos da Construção) teve variação de 0,71% na segunda prévia do IGP-M, contra aumento de 0,89% em igual prévia do mesmo índice no mês passado.
Em contrapartida, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) registrou alta de 0,41% na segunda prévia de novembro, em contraste com o avanço mais leve de 0,13% averiguado na segunda prévia de outubro. Dentro detes índice, o principal impacto foi causado peloi o grupo Alimentação, cuja taxa passou de -0,21%, em outubro, para 0,68%, em novembro.
Setores
Entre os setores que fazem parte do levantamento da FGV, o grupo Matérias-Primas Brutas registrou decréscimo em sua taxa de variação, saindo de 1,93% para 0,56%. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram: mandioca (27,84% para 8,02%), suínos (6,29% para -10,25%) e soja (em grão) (1,25% para -1,19%). Ao mesmo tempo, registraram acréscimos em suas taxas itens como: leite (-9,80% para -2,61%), aves (-0,81% para 2,06%) e cana-de-açúcar (0,00% para 1,91%).
Os grupos Despesas Diversas (0,28% para -0,12%) e Vestuário (0,85% para 0,82%) também apresentaram desaceleração de preços, sendo que os destaques nestas classes de despesa foram cigarro (1,74% para 0,00%) e calçados (0,54% para 0,50%).
Por outro lado, cinco classes de despesas apresentaram acréscimos na alta de preços: Educação, Leitura e Recreação (0,04% para 0,27%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,19% para 0,33%), Habitação (0,33% para 0,35%) e Transportes (0,11% para 0,12%).