O preço do iPod, assim como já fizeram com o valor do Big Mac, é uma curiosa maneira de se medir o custo de vida entre diferentes metrópoles do mundo – ou pelo menos do preço de eletrônicos. A consultoria australiana CommSec realiza o levantamento do índice iPod desde janeiro de 2007, indicando a variação de preços do produto da Apple em vários países, como forma de confrontar os mercados consumidores ao redor do globo.
E dentro deste ranking iPod, divulgado nesta semana, o Brasil deixou de ocupar o topo da lista dos lugares mais caros no mundo para se comprar um aparelho Nano de 8G, mas ainda figura entre os principais.
A Argentina, e não mais o Brasil, é o país mais caro para se comprar um iPod nano. Enquanto o aparelho com 8 GB sai por US$ 353,2 no país vizinho, as lojas brasileiras (antes consideradas as mais caras para adquirir esse bem) cobram atualmente US$ 271,54, ou cerca de R$ 585,5, pelo tocador digital da Apple com capacidade para 2 mil músicas.
Entre as 62 nações que fazem parte do levantamento, a Austrália é a que apresenta o iPod mais barato: US$ 131,95. Na lista dos mais baratos também aparecem Indonésia (US$ 138,47), Canadá (US$ 138,73), Coréia (US$ 139,72), Nova Zelândia (US$ 145,06), Hong Kong (US$ 148,36) e Estados Unidos (US$ 149).
Na contramão, Argentina e Brasil só perdem no ranking dos países mais caros para Rússia (US$ 255,41), Uruguai (US$ 249), Ucrânia (US$ 248), Islândia (US$ 246,86), Egito (US$ 243,75), África do Sul (US$ 240,45), Hungria (US$ 225,53), Polônia (US$ 223,66) e Sérvia (US$ 219,92).
iPod em queda
Os preços dos iPods apresentaram queda nos últimos meses. Em setembro, a Apple, fabricante do aparelho, lançou a quarta geração do modelo nano em todo o mundo, com o modelo de 8G substituindo a versão de 4G anterior. A entrada da nova geração no mercado promoveu abatimento de 20% a 25% no preço final.
Moedas de países produtores de matéria-prima apresentaram recentemente queda de valor frente ao dólar, entre eles Austrália, Nova Zelândia, Canadá e África do Sul. Com a matéria-prima mais barata, o aparelho também recuou de preço, explica a pesquisa.
