(Por Camila da Rocha Mendes) – O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou inflação de 0,38% em novembro, recuando para menos da metade do apurado no mês anterior (0,98%) e também situando-se abaixo das expectativas do mercado. Os dados são da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Pela pesquisa Focus mais recente, que levanta as projeções das principais instituições financeiras do País, a expectativa média era de aumento de 0,67% no índice de novembro. No ano, o IGP-M acumula alta de 9,95%, e em 12 meses, de 11,88%. O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
Preços por atacado
O IGP-M é composto por outros três indicadores e dois deles apresentaram desaceleração de preços.
O Índice de Preços por Atacado (IPA) marcou variação de 0,30% neste mês, quase um terço da inflação averiguada pelo indicador em outubro, quando subiu 1,24%, e foi o maior responsável pela variação menor do IGP-M. Os produtos agropecuários, que tinham subido 0,48% no mês passado, registraram agora queda de 0,96%. Os produtos industriais ampliaram-se 0,75%, seguindo expansão de 1,52% em outubro.
Das três classes que compõem o IPA, as Matérias-Primas Brutas tiveram alta de 0,42%, os Bens Intermediários aumentaram 0,39% e os Bens Finais cresceram 0,06% em novembro. Um mês antes, essas taxas equivaleram a 2,09%, 1,14% e 0,64%, respectivamente.
Preços ao consumidor
Já para o consumidor, a inflação ainda não deu trégua, segundo apurou a FGV. Após avanço de 0,25% em outubro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acelerou para 0,52% agora. O grupo Alimentação foi o que puxou a alta do indicador, saindo de 0,13% para 0,97%, reflexo do encarecimento das carnes bovinas, laticínios e frutas, por exemplo. Também aumentaram mais Habitação (0,38% para 0,45%) e Saúde e cuidados pessoais (0,30% para 0,42%).
Preços para a construção
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve alta de preços de 0,65% em novembro, mas ficou 0,20 ponto abaixo da taxa verificada no mês anterior (0,85%). O grupo Materiais e serviços partiu de elevação de 1,46% para 1,01%. Em contrapartida, o custo de Mão-de-Obra acelerou de 0,24%, excedendo em 0,10 ponto a marca anterior, de 0,14%.