Os governos estaduais de Minas Gerais e São Paulo, a exemplo do que fizeram os governos federais de muitos países, também anunciaram medidas para combater os efeitos da crise financeira internacional.

 

Nesta terça-feira (11) à noite, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves anunciou conjunto de medidas de afrouxo de impostos e de aumento do crédito para o setor produtivo, com vistas em ajudar as pequenas e médias empresas a enfrentar os impactos da crise econômica mundial.

 

Mais dinheiro à indústria

 

O governo de Minas usou como instrumento o BDMG (Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais) para ampliar limites de linhas de crédito, liberando mais recursos para os fundos já existentes. Também foram formadas parcerias com organismos internacionais e entidades de classe do Estado, a fim de facilitar o acesso aos financiamentos. O total que pode ser liberado através deste modelo é de R$ 460 milhões.

 

Em relação às medidas tributárias, as empresas terão mais prazo para o pagamento do ICMS (Imposto sobre Mercadorias e Serviços), o que deixa mais dinheiro em caixa nas empresas e as ajuda a enfrentar as restrições e o alto custo do crédito. Cerca de 90 mil companhias mineiras serão beneficiadas pela medida.

 

Em SP, montadoras beneficiadas

 

Já o governo de São Paulo lançou uma linha de crédito de R$ 4 bilhões para financeiras das montadoras de veículos. É o mesmo valor disponibilizado na semana passada pelo governo federal para tentar minimizar o efeito da crise. Os empréstimos serão oferecidos pela Nossa Caixa, em operações com prazo de até 18 meses.

 

O governador paulista, José Serra, afirmou que o programa de financiamento serve a todo o país uma vez que as financeiras das montadoras poderão usar os recursos para financiar vendas em outros Estados. Presente ao anúncio, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que "é importante que os governos estaduais tomem iniciativas" como de São Paulo.

 

A indústria automotiva prevê investir 23 bilhões de dólares até 2011 no país, dos quais cerca de 10 bilhões de dólares serão aplicados em São Paulo, segundo o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Jackson Schneider, também presente no evento de divulgação.

 


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