(Por Camila da Rocha Mendes) O pacote de ajuda às montadoras norte-americanas foi aprovado na noite desta quarta-feira (10) pela Câmara de Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados), num valor total de US$ 14 bilhões para duas das maiores fabricantes de veículos: General Motors e Chrysler. A Ford, que está em condições operacionais e de caixa mais favoráveis que as concorrentes, ficou fora do pacote, pelo menos por ora.

De acordo com a rede de televisão CNN, o valor de US$ 14 bilhões ficou US$ 1 bilhão abaixo da expectativa. Além disso, o montante aprovado é menos da metade dos US$ 34 bilhões a princípio estimados como necessários para socorrer as companhias, quando a Ford ainda estava incluída. A GM deve receber US$ 10 bilhões até o final de março de 2009. Já a Chrysler deve usar os demais US$ 4 bilhões.

O projeto, que foi discutido pelos parlamentares ao longo do dia, exige uma série de medidas em troca da ajuda. As montadoras deverão sanear suas finanças promovendo, entre outras coisas, corte dos elevados salários de seus executivos.  Outra medida, que se assemelha a estatização pela qual passaram os bancos falidos, é o direto de o governo comprar, a um preço pré-estabelecido, ações da Chrysler e GM em até 20% do valor do socorro.

O governo vai nomear ainda um "todo-poderoso" que irá supervisionar a administração de ambas as montadoras e terá autonomia para retirar a ajuda e até mesmo para decretar a falência das empresas.

O socorro ainda terá de ser votado no Senado dos EUA, onde suas chances de aprovação são menores, segundo analistas. Lá, os republicanos têm mais chances de atrapalhar a concessão do socorro, ou mesmo de barrá-lo, pois são maioria.

 


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EUA: Câmara aprova ajuda a montadoras, mas falta passar por Senado

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