(por Soraia Pedrozo) Nesta segunda-feira a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registrou a pior baixa desde 11 de setembro de 2001, com queda de 7,59%, quando houve os atentados às torres gêmeas, em Nova York (EUA). O quarto banco de investimentos mais importante dos Estados Unidos, o Lehman Brothers, abriu pedido de falência e vai à liquidação. Com isso, a situação da economia norte-americana se agrava ainda mais.
 
A instabilidade no mercado financeiro vem desde o início do segundo semestre de 2007. Tudo começou com a crise no mercado imobiliário dos empréstimos subprimes, que oferecem maior risco por ser menos exigentes na concessão do crédito para a compra de imóveis.
 
Esses empréstimos são repassados a juros cada vez maiores, o que é muito atrativo para gestores de fundos e bancos em busca de retornos melhores. Ao comprar os títulos das instituições que fizeram o primeiro empréstimo, os gestores emprestam novamente um outro montante de dinheiro. Acontece que muitos tomadores de crédito deixaram de honrar seus pagamentos. E como esses empréstimos são repassados antes mesmo de ter sua primeira dívida quitada, teve início uma crise que já dura mais de um ano.
 
Aqui no Brasil há um forte reflexo do mal-estar na economia norte-americana porque boa parte dos investidores são internacionais. Aterrorizados com a crise nos Estados Unidos, centro da economia mundial, os investidores tornam-se avessos ao risco financeiro e tiram montantes aplicados, com receio de perdas ainda maiores. 

 Assim acontece em todo o redor do mundo, como reflexo da situação nos EUA e com medo de contrair maiores riscos e, portanto, dívidas. As bolsas de valores de outros países também registram queda: Índia (5,4%), Estados Unidos (-4,4%), Espanha (-4,4%), Taiwan (4,1%) e Inglaterra (3,9%) – apenas para exemplificar alguns. Mas as baixas normalmente são generalizadas, exceto se algum fator isolado alavancar a economia nacional.


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Entenda por que as bolsas estão caindo tanto!