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(Por Camila da Rocha Mendes) A parte dos traders, profissionais que são especializados em comprar e vender ativos dos mais variados mercados diariamente, os demais investidores que optam por adquirir ações devem sempre buscar um rendimento de longo-prazo. Este é um conselho repetido incansavelmente pela grande maioria dos especialistas financeiros.
Comprovando os benefícios que um investimento prolongado pode trazer, o INI (Instituto Nacional de Investidores) realizou estudo sobre o tema e revelou que é possível obter um rendimento médio superior a 20% se a carteira de ações for mantida por mais de dois anos.
Os analistas do instituto aconselham a comprar ações pouco e sempre, levando em conta que o longo-prazo ideal é aquele que supera cinco anos. Para a equipe do INI, o investimento no curto-prazo fica mais vulnerável às oscilações provocadas por problemas pontuais da economia. A recente quebra dos bancos norte-americanos derrubou ações até mesmo de empresas brasileiras que estão obtendo lucros e tem projeções de ganhos para os próximos trimestres.
Tempo é fundamental
A tendência é de que os bons fundamentos de uma companhia prevaleçam ao longo do tempo e resultem na alta de suas ações. O levantamento do INI mostra que de 48 papéis analisados, apenas três apresentaram queda entre o último dia útil de 2005 e o dia 9 de setembro deste ano. Dentro deste grupo de ações, 36 teriam registrado rentabilidade média superior a 20% ao ano.
Para um período de 10 anos, o que já se pode considerar de longo prazo mesmo, a equipe de analistas escolheu 39 ações e chegou ao resultado de que todas tiveram retorno médio anual superior a 20%.
Os analistas ressaltam que o estudo considerou os recuos mais recentes no mercado, pois no último dia 9 a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) estava pouco acima dos 48 mil pontos. Desde o final de 2007 até a data em questão, o Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro de ações, havia descido 24,2%. Além disso, como argumento final e definitivo, o INI calculou quanto seria a rentabilidade de 39 ações compradas em 1998, caso a Bolsa atingisse 38 mil pontos. Ainda assim, todas teriam uma rentabilidade média acima de 20%, levando o estudo a concluir que “nosso hipotético investidor de longo prazo não precisa se abalar com as quedas que observamos até 9 de setembro”.
