(Por Nanna Pretto, da WinTrade.com.br) “Diante da crise, o mercado especula muito. Então preferi realizar meu prejuízo, vender os papéis e ‘hedgear’ meus investimentos”. Se você leu uma, duas, três vezes essa frase e continua sem entender patavina, não se desespere. Economês é difícil mesmo e chato de escutar. Por que esses economistas insistem em falar tantos jargões, palavrinhas em inglês e complicar ainda mais o sobe-e-desce das ações? Para isso a gente não tem resposta. Mas, resolvemos decifrar tudo que se passa numa mesa de operações de uma corretora de valores e explicar o bê-á-bá desse tal mercado.

 

After market: Depois do Mercado. Curto período de tempo em que as negociações ainda funcionam, apesar do mercado estar, oficialmente, encerrado.

 

Blue Chip: Ação de uma grande empresa, com grande liquidez no mercado de ações.

 

Bola: É usado por operadores para representar o zero numa operação ou numa quantidade de ações.

 

Boom: Aumento expressivo dos valores das ações e dos volumes operados em determinado mercado.

 

Bull market: Mercado de touro. É um jargão norte-americano para um dia otimista, para mercados em alta.

 

Commodities: Produtos básicos com pouco ou nenhum grau de industrialização e que possuem características homogêneas, como arroz, feijão, soja e petróleo.

 

Dirty cheap: Preço de banana. Quando os investimentos estão muito baratos.

 

Diversificação de carteira: É espalhar o risco, ou seja, administrar seus recursos em diferentes tipos de investimentos a fim de diminuir o risco (é como aquela máxima de colocar todos os ovos na mesma cesta. Vai que a cesta cai no chão…).

 

Efeito manada: É o tal “maria vai com as outras”. Principalmente numa época de crise e incertezas, se um grupo de investidores começa a vender as ações todo mundo vai atrás (dessa forma o preço tende a despencar). O mesmo pode acontecer na compra. Quando há um boato, por exemplo, sobre determinada empresa e alguns investidores partem para compra, na dúvida a manada vai atrás comprando também.

 

Especulação: Operação inventada com a finalidade de obter lucro.

 

Estar comprado: Estar com os recursos aplicados em ativos.

 

Estar vendido: Estar com os recursos livres, depois de se desfazer de uma posição. Ter o dinheiro em caixa para poder aplicar onde quiser.

 

Hedge: Cobrir, defender, se safar… é a estratégia de alguns investidores em se proteger cobrindo-se do risco de variações de preços desvantajosas.

 

Home broker: Instrumento que permite a negociação de ações via internet. Possibilita que você envie ordens de compra e venda de papéis, através do site de sua corretora.

 

Liquidez: Capacidade de comprar ou vender um investimento com o mínimo de esforço, sem afetar seu preço, ou seja, é a forma de converter um investimento feito em dinheiro.

 

Papéis: Qualquer documento que represente um valor mobiliário. Uma ação é um papel, por exemplo.

 

Selic: Conhecida como taxa básica de juros, ela indica o custo do dinheiro para empréstimos bancários, baseados na remuneração de títulos públicos. É a taxa de financiamento praticada no mercado interbancário para operações de um dia, e serve de referência para todas as outras taxas de juros da economia.

 

Spread: É a diferença entre o preço de compra e o de venda de um ativo. O spread pode ser seu lucro, ou seja, se você compra uma ação a 10 e vende a 15, o spread é 5. E esse também é o seu lucro.

 

Ah, em tempo: na frase lá do início do texto o investidor disse, apenas, que como rola muito boato nesses momentos de crise, ele preferiu vender as ações, mesmo perdendo um pouco de dinheiro e colocá-lo num investimento mais seguro. Fácil, não é?

 

Fonte: Wintrade.com.br e EnFin – Enciclopédia de Finanças, de Luiz Fernando Rudge


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