(Por Camila da Rocha Mendes) O desemprego medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no Brasil recuou em agosto para 7,6%, percentagem abaixo dos 8,1% averiguados em julho e dos 9,5% medidos há um ano. A leitura também foi inferior à expectativa de analistas, que previam uma taxa de 8%.

 

 

O desemprego foi o menor para meses de agosto e o segundo menor de toda a série, iniciada em 1980, atrás apenas de dezembro do ano passado (7,4%). No último mês do ano, a taxa de desemprego costuma ser menor devido ao aquecimento do comércio e da atividade industrial, uma vez que a proximidade com o natal costuma impulsionar vendas e gerar postos de trabalho.

 

 

Entre a população desempregada, a maioria se encontra entre 25 e 49 anos, representando 49,9% do total. Em segundo lugar está a faixa etária entre 18 e 24 anos, com 34,9%, seguida pela população até 17 anos (7,9%) e pelos cidadãos acima de 50 anos (7,3%).

 

 

A população desocupada (1,8 milhão), entretanto, diminuiu 6,1% em relação a julho e 19,2% no confronto com agosto de 2007.

 

 

População ocupada aumenta

 

 

Em números absolutos, a população ocupada somava 21,8 milhões de trabalhadores em agosto, número 0,7% superior ao verificado em julho e 3,7% acima do apurado em agosto do ano passado. Entre eles, 9,6 milhões têm carteira assinada no setor privado, alta de 5,8% sobre um ano atrás.

 

 

A pesquisa mostrou que a população de 25 a 49 anos representava 62,1% do total de ocupados, enquanto os jovens entre 18 e 24 anos representavam 15,6% dos empregados. O levantamento também apontou que os anos de estudo contam para a conquista de um trabalho formal, pois as pessoas com 11 anos ou mais de instrução escolar correspondiam a 55,5% do total de ocupados.

 

 

 

A renda dos trabalhadores também apresentou aumento, segundo o IBGE. O rendimento médio real atingiu R$ 1.253,70, alta de 2,1% em relação a julho e 5,7% sobre um ano atrás.

 

 

A Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE é feita mensalmente e abrange seis regiões metropolitanas: Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. 


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Desemprego recua, mas jovens são 34,9% dos desocupados