(Por Gabriel Codas) A segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de janeiro, divulgada na manhã desta quarta-feira (21) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou deflação de 0,58%, contra leve alta de 0,05% no levantamento passado. O resultado foi influenciado pela desaceleração da atividade econômica e pela queda de 8,31% no preço dos carros.
O IGP-M, que é utilizado como referência na correção dos contratos de aluguéis e para os reajustes dos preços de serviços como energia elétrica e telefonia, é composto por três índices: o de preços no atacado, o de preços ao consumidor e de custo da construção.
O que é deflação
A deflação é caracterizada como a baixa dos preços de alguns produtos no mercado de forma não generalizada, e não contínua. Ela pode tanto ser motivada pela pouca procura por determinados produtos ou serviços, pela maior oferta, ou pelo volume de moeda em circulação.
É comum que as pessoas confundam a deflação com a desinflação, que é na verdade a redução do ritmo da alta dos preços. Um exemplo é quando a inflação cai de 3,4% para 2,8%. Ou seja, não houve queda nos preços e sim um crescimento menor.
Em um primeiro momento, a deflação parece ser um processo positivo, mas na prática pode ser um problema. Na maior parte das vezes, a queda dos preços indica um cenário de baixo consumo e com tendência a recessão. Quando as pessoas compram menos, os preços caem e os estoques aumentam, o que leva diversos setores da economia a produzirem menos. Tudo isso causa uma série de demissões.
Apesar de não ser um indicador oficial de inflação, o IGP-M sinaliza um momento de desaceleração da economia brasileira. O número deverá afetar a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que define nesta noite a nova taxa referencial de juros do país.