(Por Camila da Rocha Mendes) Após a aprovação de um pacote de ajuda financeira nos Estados Unidos, na semana passada, autoridades européias se reuniram para discutir medidas de socorro ao velho continente.
Os chefes de Estado e de governo da França, da Alemanha, do Reino Unido e da Itália chegaram, na noite de sábado (4), em Paris, a um pacote de medidas para combater a crise do sistema financeiro internacional. Entre 19 medidas, a União Européia se comprometeu a garantir a salvar todos os bancos em risco de colapso.
Cada país deve promover medidas de socorro individualmente, usando recursos nacionais, mas as decisões serão tomadas de maneira coordenada entre os dirigentes do grupo. As autoridades também sinalizaram que irão garantir as aplicações de correntistas das instituições em dificuldade nos 27 países da União Européia (UE).
Além disso, após o encontro, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, anunciou que os dirigentes pedirão ao Banco Europeu de Investimentos (BEI) 31,5 bilhões de euros para as pequenas e médias empresas.
O presidente da França, país que já entrou tecnicamente em recessão, Nicolas Sarkozy, disse que "Hoje, todos os Governos da UE querem dizer aos cidadãos europeus que estão unidos, solidários e determinados perante as circunstâncias financeiras excepcionais que atravessamos". Ministros da fazenda dos 27 países da UE também se reunirão amanhã para discutir a questão.
Bolsas da Europa
As bolsas européias amargaram fortes perdas nesta segunda-feira (6). O pregão europeu apresentou seu pior fechamento em quatro anos. A constatação de que a crise norte-americana cruzou o atlântico, com instituições financeiras precisando ser socorridas pelos governos do continente, alimentou o pânico entre investidores.
Assim como no Brasil, na Rússia o “circuit breaker” também foi acionado nesta segunda-feira(6). Na Bolsa de Moscou, a queda superou 18%. Em Londres, a Bolsa desceu 7,2%, em Paris a queda foi de 9%, e em Frankfurt o mercado de ações recuou 7%.
