A crise financeira mundial deve ter conseqüências devastadoras. Uma delas deverá ser o aparecimento de 20 milhões de novos pobres no mundo, segundo estima o diretor-executivo do Banco Mundial (BM), o salvadorenho Juan José Daboub.
"Devido ao que acontece com o tema de alimentos, combustível e a situação financeira espera-se que o crescimento em nível global se reduza entre 1% e 2%, e, a cada ponto percentual que se reduz o crescimento econômico, são 20 milhões de novos pobres que aparecem", disse Daboub à imprensa internacional após evento em Lima, Peru.
Após se reunir com o presidente peruano Alan García para abordar a crise financeira, o executivo do BM disse em entrevista coletiva que é "muito importante ter a mão firme no governo" para lidar com esta crise, que terá impactos em maior ou menor medida em todas as economias do planeta.
Daboub destacou ainda a ajuda mútua que os países emergentes e os desenvolvidos podem desenvolver. A próxima cúpula do Fórum de Cooperação Econômica do Ásia Pacífico (Apec), que será realizada em Lima em novembro, servirá para "dialogar e encontrar um acordo de como conduzir a situação econômica mundial e de como cooperar juntos" no contexto da crise, explicou o diretor do BM.