(Por Camila da Rocha Mendes) Pesquisas demonstraram nos últimos dias que os consumidores e os economistas estão mais cabreiros diante de tantos problemas que a crise sistêmica pela qual o mundo está passando já ocasionou na economia de muitos países. Até o momento, o Brasil resiste bem, salvo problemas pontuais como a disparada do dólar. Contudo, a atividade industrial, base de qualquer economia, começou a revelar vulnerabilidade.

Um dos pontos que se demonstrou abalado pela atual situação econômica do mundo foi a confiança da indústria. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) despencou 19,4% de outubro para novembro, atingindo 84,1 pontos, o nível mais baixo em cinco anos.

"A piora do ambiente de negócios… sinaliza desaceleração de atividade econômica em novembro e maior disseminação de expectativas pessimistas em relação aos próximos meses no meio industrial", informou a FGV em comunicado. A pesquisa foi feita com base em entrevistas com 1.112 empresas, entre os dias 3 e 26 de novembro.

Produção continua alta

Apesar do pessimismo, a produção industrial continua alta. Ou seja, o que o índice da FGV aponta é que, provavelmente, no médio prazo a situação pode piorar.

Em São Paulo, principal centro produtivo do País, a atividade da indústria subiu 3,4% de setembro para outubro e 4,6% na comparação com igual mês do ano passado, apontou pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). As vendas também continuam boas, pois subiram 4,7% em outubro no confronto com o mês anterior, sem considerar ajuste sazonal. No comparativo com outubro do ano passado, as vendas tiveram expansão de 8,6%.

 


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Crise derruba confiança de empresários

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