Os consumidores paulistanos estão mais confiantes em setembro, apesar da recente crise *no mercado financeiro, decorrente da falência de bancos norte-americanos que estão entre os maiores do mundo.

 

O ICC (Índice de Confiança do Consumidor), apurado mensalmente pela Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), apresentou alta de 1,8% neste mês, em relação a agosto, e marcou 140 pontos. Na comparação com o mesmo período de 2007, o índice apresentou elevação de 5,8% (132,3 pontos).

 

O ICC varia de zero a 200 pontos, indicando pessimismo abaixo de 100 pontos e otimismo acima dessa pontuação.

 

Jovens e homens otimistas

 

Na análise segmentada, os homens estão mais otimistas que as mulheres (147,6 pontos contra 133 ponto, respectivamente). Ao mesmo tempo, os consumidores jovens, com idade inferior a 35 anos, estão mais confiantes e, em setembro, levaram o índice a subir de 2,6%, (146,5 pontos). Entre os paulistanos da faixa etária superior a este patamar, houve elevação ainda maior, de 3,2% (134,1 pontos).

 

De acordo com a Fecomercio, a pesquisa apurou comportamento divergente: enquanto os consumidores de renda mais baixa elevaram suas avaliações, a classe de renda mais alta mostrou cautela.

 

Os consumidores com renda mais baixa – muito mais afetados pela alta dos itens alimentícios –demonstraram mais otimismo diante da desaceleração de preços, com o ICC correspondente a este grupo subindo 5,7% (138,1 pontos). O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medida oficial da inflação no Brasil, registrou alta de 0,28% no mês de agosto, menor taxa desde setembro de 2007 (0,18%).

 

Já os consumidores com renda acima de 10 salários mínimos revelaram cautela nas suas avaliações em relação à situação econômica do Brasil, justificadas pela percepção das incertezas do cenário externo, e também das variáveis juro, câmbio e inflação. O índice que reflete as expectativas desta faixa de renda apontou queda de 1,7% (148 pontos) em setembro, no confronto com o mês anterior.

 

Para quê serve o ICC?

 

O ICC é usado como referência nas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária), colegiado do Banco Central responsável pela definição da taxa de juro no País, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI (Consumer Confidence Index) nos Estados Unidos. Os dados da pesquisa servem como parâmetro para decisões de investimento e formação de estoques para empresários tanto do comércio e serviços, quanto de outros setores da economia, explica a Fecomercio. 


NOTÍCIA ANTERIOR:

PRÓXIMA NOTÍCIA:

int(1)

Confiança do consumidor sobe em setembro