(Por Camila da Rocha Mendes) – A China divulgou nesta quarta-feira (14) dados sobre a sua economia que colocam o país em terceiro lugar entre as maiores potências do planeta. O departamento de estatísticas da China revisou o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do país em 2007 de 11,9% para 13%, o maior em 13 anos. Com a revisão, a China ultrapassou a Alemanha, e agora ocupa o terceiro lugar na lista dos maiores PIBs do mundo. Na sua frente, estão apenas os Estados Unidos e o Japão.
O avanço no PIB chinês foi impulsionado principalmente pelo forte crescimento da industria e do setor de serviços, que expandiram 14,7% e 13,8%, respectivamente, em 2007. Dessa forma, a riqueza acumulada no país pela atividade econômica foi de US$ 3,764 trilhões em 2007, enquanto no mesmo período a Alemanha registrou PIB de US$ 3,320 trilhões. Naquele ano, os EUA acumularam PIB de US$ 13,8 trilhões, ao passo que o Japão registrou um PIB de US$ 4,38 trilhões.
Apesar do forte crescimento de 2007, a crise financeira global traz expectativas menos positivas para a economia chinesa neste ano. Em 2008, afetada pela menor demanda mundial por seus produtos, a China já demonstrou desaceleração do PIB, que cresceu nos nove meses do ano passado 9,9% – pela primeira vez abaixo de dois dígitos. Segundo pesquisa do Deutche Bank, a economia chinesa deve crescer menos em 2009, em cerca de 7%.
Alemanha
Assim como para a China, 2008 também foi um ano menos promissor para a Alemanha, em decorrência das turbulências econômicas vivenciadas em todo o mundo. O PIB da Alemanha cresceu 1,3% em 2008, após expansão de 2,5% registrada em 2007, de acordo com informações divulgadas hoje pelo Escritório Federal de Estatísticas do país.
O resultado foi conseqüência tanto da redução no consumo interno dos alemães, quanto da menor demanda internacional por produtos produzidos no país, efeitos da crise global que têm forçado companhias do país a cortar postos de trabalho e reduzir a produção, informou o escritório. Além disso, o país apresenta um quadro de recessão, a primeira em quatro anos, ao ter registrado contração do PIB em dois trimestres seguidos.
