(Por Camila da Rocha Mendes) Após o Senado ter barrado a ajuda financeira às montadoras nos Estados Unidos, o governo norte-americano estuda a “falência controlada” destas companhias, admitiu a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino, segundo reportagem da edição desta sexta-feira (19) do Jornal The New York Times (NYT).
As três maiores montadoras dos Estados Unidos – Chrysler, General Motors e Ford – pediram um auxílio de US$ 14 bilhões ao governo norte-americano, que foi a provado na Câmara, mas barrado no Senado. Em situação crítica, as três empresas já anunciaram demissões, férias coletivas e cortes na produção. A crise financeira global atingiu em cheio o setor automobilístico dos EUA, que viu suas vendas caírem fortemente nos últimos meses.
O plano das autoridades norte-americanas seria permitir que as automobilísticas declarassem concordata, mas de forma “organizada”, ou seja, sem deixar que ocorressem demissões em massa ou que as companhias simplesmente fechassem as portas.
O presidente George W. Bush reconhece que a economia está muito frágil para suportar a quebra total das megacorporações automotivas, mas por outro lado disse que "se preocupa em colocar dinheiro em investimentos ruins". A lei de falências norte-americana permite que as empresas se reorganizem para tentarem se tornar lucrativas novamente no futuro.
Segundo ainda matéria do NYT, a GM se recusou a comentar a sugestão da Casa Branca de falência controlada. Porém, executivos da GM disseram ao jornal que a medida não é uma solução viável porque os consumidores relutariam em comprar veículos de uma automobilística falida.