(Por Camila da Rocha Mendes) Pesquisa realizada pela Apimec – SP (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais de São Paulo), em parceria com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), averiguou que quanto mais jovem é o profissional de investimento, maior são os problemas relacionados à qualidade de vida.

 

O estudo envolveu 162 profissionais de investimento e analistas durante os meses de maio e junho de 2008. A pesquisa foi realizada, portanto, antes da atual turbulência do mercado de capitais, ressalta comunicado da associação.

 

Jovens sofrem mais pressões

 

Para a presidente da Apimec de São Paulo, Lucy Sousa, “o levantamento demonstra que os analistas, principalmente os jovens, estão sendo submetidos a tensões significativas, que têm acarretado prejuízos à qualidade de vida dos profissionais”.

 

Lucy, explica que, no geral, os profissionais seniores possuem renda mais elevada e registram uma qualidade de vida um pouco superior do que os jovens iniciantes, que são submetidos a mais cobranças sobre avaliações realizadas e prazos de entrega de relatórios sobre as companhias abertas.

 

Sintomas

 

A pesquisa mostra que os problemas mais comuns entre analistas e profissionais de investimento são: deficiências visuais; dores na coluna; travamento dos dentes; gastrite e, em geral, os pesquisados tomam algum tipo de medicamento.

 

Segundo o levantamento, 71% dos entrevistados com média de 44 anos não demonstram sinais de ansiedade e depressão. Já os profissionais mais afetados (29%) registram sintomas de depressão e possuem idade média de 35 anos.

 

Maurício Hiroshi Hayashi, organizador da pesquisa e pesquisador da Unifesp, diz que o estudo levou em consideração metodologia da OMS (Organização Mundial da Saúde). O objetivo da realização do trabalho inédito foi avaliar a qualidade de vida dos profissionais e analistas de investimento.

 

Perfil dos investidores

 

O grupo analisado tem perfil de educação elevado, sendo 39% com pós-graduação e 35% com MBA. Os dados também demonstram que os homens ainda são maioria entre os profissionais de investimento (75%). Os analistas com mais tempo de carreira também são predominantes no mercado, já que a idade média dos pesquisados é de 41 anos.

 

“A partir de análise detalhada da pesquisa a Apimec pretende desenvolver ações em prol da melhoria da qualidade de vida dos seus associados”, diz Lucy Sousa.


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Analista financeiro jovem tem pior qualidade de vida