Phelipe Bastos fala sobre o Viva Latinidad, que traz um celeiro cultural Latino-Americano em São Paulo (Foto: Divulgação)

A primeira edição do Viva Latinidad, realizada no dia 28 de agosto no Shopping Vila Olímpia (SVO), marcou o início de um projeto que promete integrar e celebrar a diversidade da cultura latino-americana em São Paulo. O evento, promovido pela Soul de Bachata, surge com a proposta de unir música ao vivo, aulas de dança e outras manifestações culturais, criando um espaço de encontro e celebração para a comunidade latina na cidade.

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“O Viva Latinidad nasceu de uma proposta que recebemos na Soul de Bachata, onde já promovemos eventos relacionados à comunidade latino-americana. A ideia era criar um novo produto que unisse não apenas a Bachata ou a Salsa, mas toda a riqueza cultural da comunidade latina, com apoio de instituições consulares”, explica Phelipe Bastos, organizador do evento.

Realizado dentro da programação do premiado SVO Secreto, o evento foi um sucesso, reunindo mais de 200 pessoas. “Foi uma honra e um orgulho dar o pontapé inicial num espaço tão relevante como o SVO Secreto. O Shopping Vila Olímpia, com sua infraestrutura impecável, proporcionou um ambiente seguro e acolhedor, ideal para um evento dessa magnitude”, destaca Phelipe.

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O apoio institucional dos consulados latino-americanos, como o da República Dominicana, México e Peru, foi um diferencial importante, trazendo legitimidade e fortalecendo a união da comunidade. “Ter a presença dos consulados e o envolvimento direto de seus representantes foi algo muito significativo para nós. Eles não apenas apoiaram, mas participaram ativamente, dançando e confraternizando com a comunidade”, relata.

Além de destacar a bachata como uma das danças latinas mais em alta no momento, Phelipe ressalta o papel transformador da dança na vida das pessoas. “A dança é mais do que apenas movimento. Ela trabalha corpo, mente e alma, proporcionando alegria, socialização e uma longevidade de espírito. Na minha vida, a dança é essencial. Sem ela, eu seria uma pessoa muito diferente, talvez menos feliz”, confessa.

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Com o sucesso da primeira edição, o Viva Latinidad tem potencial para se tornar um evento recorrente, trazendo novas edições que continuarão a celebrar e fortalecer a cultura latina em São Paulo. “Esperamos que o evento cresça e se expanda, unindo ainda mais pessoas através da música e dança, elementos que são a essência do nosso sangue latino”, conclui Phelipe Bastos.

Confira a entrevista completa:

1) Phelipe, como surgiu a ideia da Viva Latinidade? Será um evento recorrente?

Bom, o Viva Latinidad nasceu de uma proposta que chegou até nós, da Soul de Bachata, nós que já promovemos alguns eventos relacionados à comunidade latino-americana, não só em relação à dança, em relação à música, e aí nos fizeram esse convite. Por que não montar um projeto, montar um novo produto na Soul de Bachata que unisse música ao vivo, aulas, um DJ, um som, algo que realmente não agregasse somente a Bachata ou a Salsa, mas a toda uma comunidade latina, suas culturas, experiências, músicas, danças e outras manifestações. E aí, por isso, nasceu o Viva Latinidad, com essa proposta de integração através da música, da dança, do show, através da proposta de parceria, de apoio institucional de instituições consulares. Para que toda a comunidade latino-americana possa se unir, se envolver e festejar. Afinal de contas, o nosso sangue é latino e a música, a dança e tantas expressões culturais pulsam dentro da gente. Por isso nasceu Viva Latinidad, para unir tudo isso. E sobre ser um evento recorrente, olha, nós esperamos que sim. Na verdade, foi um sucesso essa primeira edição. E é um formato de evento que se adapta praticamente em qualquer espaço de eventos. Então, estamos muito ansiosos por novas edições.

2) E como foi a primeira edição, que aconteceu no dia 28/08, no SVO? Qual a importância do projeto acontecer nesse espaço?

A primeira edição que aconteceu agora no dia 28 de agosto, teve uma importância e relevância para o projeto, para esse primeiro passo muito grande, muito significativa. Ela aconteceu dentro da programação do SVO secreto. Então você imagina, o SVO que já é um projeto premiado esse ano pelo Abrace, abrir as portas para um projeto tão bonito, que valoriza a dança, que valoriza a arte, que valoriza a cultura e a união do sangue latino-americano, foi algo incrível, foi algo incrível. Ter a oportunidade de levar um projeto, dar esse pontapé inicial numa grade tão concorrida de artistas, sabe, de ponta no SVO secreto, foi na verdade uma grande honra e um grande orgulho. E acontecer dentro do espaço do Shopping Vila Olímpia, no terraço do Shopping Vila Olímpia, que tem vários agressores. Agregadores, não só o espaço que é maravilhoso, tem um som maravilhoso, uma acústica perfeita, iluminação, toda uma equipe caprichosa voltada para o sucesso desse evento, você ainda tem um bairro de qualidade, um lugar seguro. Então, são vários agregadores que fazem com que o Viva Latina Idá ter acontecido na grade do SVO Secreto, num espaço como o Shopping na Vila Olímpia, tenha sido de fato um sucesso. Tivemos mais de 200 pessoas lá dançando, compartilhando, se unindo, sendo felizes e foi muito gratificante fazer parte com esse projeto, com esse pontapé, com essa união, dentro da programação do SVO Secreto, num espaço tão maravilhoso.

3) Como foi o apoio dos consultados e como você avalia a participação da comunidade latino-americana em São Paulo?

O apoio dos consolados foi algo, foi um grande diferencial no nosso evento, né? Quando eu montei o projeto do Viva a Latinidade, quando veio a ideia e assim pensei, pensei, montei o projeto Viva a Latinidade, logo me veio a ideia de que se somos um povo latino-americano precisamos nos unir, afinal de contas o projeto é para isso. Então, por que não buscar apoio institucional dos consolados latino-americanos, né? Claro, nós trabalhamos muito com salsa, com abatiata, com outros ritmos, então naturalmente nós iríamos até esses consolados, como República Dominicana, Cuba e outros, mas falando de comunidade, de fato nós fomos em cima de todos os consolados representantes da nação latino-americana, principalmente da parte sul e central, então fomos. Atrás de República Dominicana, Cuba, Venezuela, Colômbia, Argentina, Uruguai, então não tivemos algumas respostas, claro, alguns gostariam muito de serem participativos, mas estavam com algumas intempéries nos seus países e não podiam, mas ter o apoio, e não só o apoio de bandeira, o apoio de informações institucionais, mas o apoio da presença do consul da República Dominicana, do vice-consul, do consul e vice-consul do México, foi algo realmente muito significativo. Então foi um apoio assim inacreditável, não só institucionalmente na divulgação e união da comunidade, mas como presença e diversão. Tivemos o apoio também do consulado do Peru, então ter esses três consulados nos apoiando, temos certeza que isso foi um agregador para o evento. E, como eu falei, com presença e diversão, porque. Também dançaram, se divertiram, bateram fotos e confraternizaram com a comunidade. Então esperamos obviamente que para os próximos Viva a Latinidade continuemos juntos, nós três, e os outros consulados possam abrir as portas para o nosso evento e fazermos uma grande festa latina da nossa nação, do nosso sangue latino. E como eu falei, participaram, se envolveram, gostaram, dançaram e já deixaram seus préstimos de apoio para os próximos eventos Viva a Latinidade.

4) Qual o estilo de dança latina que está em alta no momento? É muito difícil aprender a dançar?

Isso é uma pergunta muito interessante, porque, por exemplo, aqui no Brasil nós temos a competição dança dos famosos, e esse ano entrou na grade a batiata, por exemplo. Então eu ousaria dizer que, nesse momento, o que está mais em alta em relação às danças latinas é a batiata. Claro que a gente tem a salsa também, que está voltando com força, com muita alegria, e, fora isso, outras danças latinas. Nós temos, na verdade, o bolero, que nós trabalhamos muito nas escolas de dança, que também é uma dança latina, de grande acessibilidade para as pessoas que estão começando a dançar, não importando a idade, mas hoje, pela alegria, pela movimentação, pela cultura, pelas músicas vibrantes, ousaria dizer que a batiata é uma das danças de estilos de músicas latinas mais em alta no momento. E não é difícil. Aprender a dançar. Na verdade, tudo que a gente movimenta o corpo ao primeiro momento pode parecer um pouco complicado se não for algo da nossa expertise. Então, você imagina um empresário que passou a vida inteira num escritório, passa a vida inteira num trabalho e tem a sua rigidez, sua seriedade, e hoje começa a dançar. Se envolver com pessoas alegres, trabalhar seu corpo, sua conjuntura, entender que o corpo dele tem muito mais oferecido, que ele sabe. Então, a dança te promove isso. Não só a alegria, a união social, conhecer novas pessoas. Não somente isso, mas ela trabalha seu corpo, sua mente, seu espírito, sua paciência, sua ansiedade. Então, a dança tem um agregador muito importante nas nossas vidas. Então, não é difícil aprender a dançar. É algo que, de fato, se você se propor a fazer com muito amor, muita alegria e dedicação, assim como as outras coisas, tenha certeza absoluta. Vai dançar muito bem e ser muito feliz nessa nova atividade em sua vida.

5) Como você vê a dança na vida das pessoas? E na sua vida?

Olha, na vida das pessoas eu acho que a dança se faz hoje mais necessária do que tudo que você possa imaginar. A gente vem de uma nova geração onde tudo é TDH, onde tudo é problema, não é verdade? Então não podemos deixar isso acontecer. E a dança é um grande agregador. A dança é um caminho para, não importando a idade, não importando o corpo, não importando o gosto, não importando a altura, a dança é algo que não importa de onde você veio, de onde você está e onde você quer chegar, ela é para você. Então a dança na vida das pessoas se torna necessária. Ela não agrega só nos passinhos para o seu corpo. Ela trabalha seu corpo, sua mente, sua alma, seu espírito, seu emocional, sua educação, sua sociabilidade, não é verdade? Então a dança é algo necessário. Ela se faz. Necessária, até porque, como eu disse, não são só passos, a música te envolve, você dança, você interpreta, então a expressão corporal, a criatividade, a musicalidade, então tudo isso na vida de uma pessoa só traz bem e benefícios. Então, na vida das pessoas, a dança é mais do que necessária para se manter uma alegria, um vigor e, muitas vezes, uma longevidade de corpo e alma que, sem dúvida, a dança pode proporcionar. E, na minha vida, se a dança não existisse, eu acho que eu seria um cara muito chato e talvez não tivesse a alegria nos olhos e o sorriso que eu carrego. A dança me trouxe tudo de melhor, de mais bonito que eu tenho na minha vida. Ela, claro, eu sou filho de pai, pais e mãe artista. Minha mãe foi balarina. Meu pai é biológico, ele era artista pintor, artista plástico. Meu pai do coração, ele também gosta de dançar, então nunca trabalhou com isso, mas também é uma pessoa com muito envolvimento com a dança, com a alegria que ela traz. Eu sou marido de uma das dançarinhas profissionais artistas mais completas, mais lindas e mais tops aqui de São Paulo, que sai do Brasil. Tenho dois enteados maravilhosos que também se envolvem com música, se envolvem com dança, são criativos, extremamente inteligentes. O sucesso da Soul de Batiato, o sucesso dos nossos projetos, o sucesso financeiro, o sucesso de vida. Tudo, tudo, os meus melhores amigos, tudo isso foi a dança, foi a arte do dançar, de alegrar não só a minha vida, mas a vida das pessoas, num abraço, foi a dança que me trouxe. Como na vida das pessoas, se a dança não existisse na minha vida, eu acho que eu de fato seria um cara chato e talvez tivesse uma outra vida não tão feliz como a que eu tenho. Então se a dança hoje saísse de mim, muito provavelmente eu seria infeliz e não estaria mais aqui, porque mesmo aos 34 anos a dança é essencial na minha existência.


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Viva Latinidad traz um celeiro cultural Latino-Americano em São Paulo