Entre 24 e 26 de junho, o Museu do Café (MC), em parceria com o Museu da Imigração (MI), realiza a exposição “Imigrantes do Café” que levará ao prédio da Bienal registros e testemunhos conduzidos pelos acervos museológicos, iconográficos e de história oral preservados por ambos os equipamentos.
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A exposição, que ficará na entrada do São Paulo Coffee Festival, maior evento do país sobre o grão para o consumidor final, faz parte das comemorações do CentFest, que marcam os 100 anos do palácio da Bolsa Oficial de Café, sede do MC.
A narrativa acompanha o caminho e as memórias desses migrantes, partindo da motivação pela busca de uma vida melhor, passando pelas etapas da viagem de navio, do Porto de Santos e do cotidiano da Hospedaria de Imigrantes do Brás, local que acolheu cerca de três milhões de migrantes e encaminhou esses trabalhadores para as plantações, definindo o futuro do produto que mudou o cenário econômico brasileiro: o café.
A mostra contextualiza ainda a presença dos italianos nesse processo migratório, uma vez que, essa nacionalidade, entre 1887 e 1900, soma mais de 70% dos registros de chegada de estrangeiros no Brasil. Com financiamento do governo, pessoas de mais de 70 países tiveram a antiga Hospedaria como ponto de partida para uma vida nova e desconhecida rumo ao interior.
A mescla socioeconômica e de origem desses milhões de migrantes resultou em experiências diversas no dia a dia das fazendas e nas pequenas povoações do seu entorno, bem como no encontro de trabalhadores urbanos e rurais com bagagens culturais e anseios distintos.