“O brasileiro é ávido por livros, sim”, diz historiador Edson Furmankiewicz (Foto: Divulgação)
Não é de hoje que ouvimos a expressão errônea que “o brasileiro não lê”. Essa afirmação vem através de pesquisas históricas que apontaram baixo índice de interesse na leitura. De acordo com Edson Furmankiewicz, editor, tradutor, historiador e co-autor de “Gestão Editorial – o livro do autor ao leitor”, da Age Editora, a realidade é outra. “A análise dos dados coletados em grandes eventos literários reforça a percepção de que, embora a leitura no Brasil ainda não seja uma prática cotidiana para todos, existe um desejo latente, sobretudo entre jovens e famílias que participam ativamente dessas iniciativas culturais”, analisa.
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A movimentação em eventos literários comprova que, infelizmente, muitos brasileiros ainda não têm acesso contínuo, incentivo ou condições para ler mais. “Quando essas barreiras são superadas, há um público ávido por livros e cultura. Por isso, resolvemos lançar o livro que detalha os processos de produção editorial, visando, obviamente, a democratização da informação. Ler tem um efeito semelhante ao exercício físico para o coração. No mundo digital em que vivemos, a leitura se torna um desafio cotidiano — mas também uma poderosa ferramenta de crescimento e desenvolvimento em todos os sentidos”.
Mesmo assim, pesquisas como o Retratos da Leitura no Brasil têm apontado, historicamente, índices baixos de leitura regular no país. Segundo a edição mais recente disponível, realizada em 2020, aproximadamente 44% da população nacional declarou ter lido ao menos um livro nos três meses anteriores — critério adotado pela pesquisa para definir o perfil do leitor.
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Para José M. Braga, editor e co-autor da publicação, o momento atual é decisivo. “Estamos vivenciando um período importante e percebemos que a leitura acontece de forma mais ampla quando há acessibilidade, diversidade de temas e autores que dialogam com os diferentes públicos. As feiras presenciais oferecem uma dimensão afetiva, comunitária e de descoberta. Esses são aspectos muitas vezes ausentes na experiência solitária da leitura, e por isso, de certa forma, cativam ainda mais pessoas”, acrescenta.