Até o dia 1º de maio, a Japan House São Paulo apresenta obras de 55 ilustradores e artistas gráficos japoneses na mostra “WAVE – Novas correntes nas artes gráficas japonesas”. Gratuita e inédita no Brasil, a exposição traça um panorama dos principais artistas gráficos atuantes no Japão de hoje que produzem obras de diferentes estilos e temas, veiculadas não somente no cenário tradicional das artes, mas também em mangás, animações e peças publicitárias.
Sob a curadoria dos artistas Kintato Takahashi e Hiro Sugiyama, a mostra é baseada na WAVE, realizada anualmente em Tóquio desde 2018, que visa apresentar as obras dos principais nomes atuantes no país.
A seleção feita para as mostras nas Japan House apresenta o rico e variado trabalho destes artistas, mostrando como suas criações para livros, revistas, animações, pôsteres e outras plataformas se estendem para muito além dos mangás e animes, já conhecidos pelo público brasileiro. Na seleção, artistas consagrados, alguns celebrados por fundar movimentos artísticos, como Teruhiko Yumura (1942), Akira Uno (1934) e Keiichi Tanaami (1936), estão ao lado de jovens promessas como Masanori Ushiki (1981) e Mayu Yukishita (1995).
Os temas apresentados na exposição variam desde os personagens inspirados no folclore japonês de Ayako Ishiguro (1973), as paisagens de verão brilhantes de Hiroshi Nagai (1947), até os retratos assombrosos de Masaru Shichinohe (1959).
“A arte gráfica e a ilustração têm uma longa história no Japão e são forças vibrantes na cultura japonesa atual. Embora muitos artistas do pós-guerra tenham sido influenciados pela arte e mídia ocidentais, os artistas gráficos e ilustradores de hoje são inspirados por várias fontes diferentes, incluindo pinturas japonesas tradicionais e xilogravuras ukiyo-e, arte popular, fotografia, arquitetura, fantasia e pop art”, explicam os curadores e artistas Kintaro Takahashi e Hiro Sugiyama.
A mostra em cartaz na Japan House São Paulo faz parte do projeto global de itinerância da Japan House com passagem pelas três sedes da instituição ao redor do mundo: Los Angeles, São Paulo, e se encerra em Londres. Exclusivamente em São Paulo, a exposição contará com recursos de acessibilidade como audiodescrição, libras e elementos táteis desenvolvidos exclusivamente para 12 das obras apresentadas. A iniciativa é parte do JHSP Acessível, programa com o propósito de criar oportunidades equitativas para que todos realizem uma imersão completa nos conteúdos apresentados na instituição.