Foi só aos 11 anos que Eli começou a se perguntar sobre quem seria o doador. Ele tinha a cópia do questionário preenchido por ele no banco de esperma, e às vezes o lia para tentar descobrir mais. “Tinha um sentido de toque – eu podia ver onde ele tinha rabiscado. Não era uma questão de desesperadamente imaginar quem ele era, mas [o formulário] era o suficiente para eu ter provas de que ele era real.”
Quando jovem, ele sempre ia a um acampamento para crianças de pais de relacionamentos homoafetivos. E foi lá que ele ouviu sobre duas crianças cujas famílias descobriram mais sobre o doador, e através de registros, descobriram que era meio-irmãos, e o doador era a mesma pessoa.
Foi então que Eli foi ao California Cryobank, pesquisou no registro do banco, e descobriu que já existia um chat para os filhos desse doador, com dezenas de pessoas. Uma delas, inclusive, Eli já conhecia de um programa do qual participou em Nova York.
Eli passou 10 meses viajando pelos Estados Unidos com sua irmã com quem cresceu, Ruby, filha de outro doador. Ele passou por 16 dos 50 estados do país para conhecer seus irmãos, fotografando-os e descobrindo mais sobre essas pessoas com quem ele nào cresceu, mas que eram sua família de alguma forma.
Eli Baden-Lasar e seus 32 irmãos de mesmo doador de esperma
Créditos: Eli Baden-Lasar/New York Times